Taxa teve um aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior
A taxa de desemprego do Brasil subiu para 8,8% no 1º trimestre de 2023, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (28). A desocupação apresentou crescimento de 0,9 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior (de outubro a dezembro de 2022). Em 1 ano, teve queda de 2,4 pontos percentuais. Esse é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%.
Em números absolutos, a população desempregada foi de 9,4 milhões no período. Esse contingente teve alta de 10% (860 mil pessoas) em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, tombou 21,1%, ou 2,5 milhões de brasileiros.
“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 8,8%
- População desocupada: 9,4 milhões de pessoas
- População ocupada: 97,8 milhões
- População fora da força de trabalho: 67 milhões
- População desalentada: 3,9 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,7 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 12,8 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
- Trabalhadores informais: 38,1 milhões
- Taxa de informalidade: 39%
Mercado de Trabalho
A população ocupada foi de 97,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março. Caiu 1,6% (1,5 milhão) ante o trimestre anterior e alta de 2,7% (cerca de 2,6 milhões de pessoas) em um ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,7 milhões, ficando estável em relação ao trimestre anterior. Subiu 5,2% na comparação anual, o que são 1,8 milhões de pessoas a mais.
Já a quantidade de empregados sem carteiras –informais– caiu para 12,8 milhões. O contingente teve queda 3,2% em relação ao trimestre anterior, representando 430 mil pessoas. Cresceu 4,8% em relação ao trimestre de março de 2022, o que representa 590 mil de pessoas.
A taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada, apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior. O número de trabalhadores informais foi de 38,1 milhões no trimestre.
Rendimento Médio
O rendimento real habitual (R$ 2.880) ficou estável em comparação ao trimestre anterior e avançou 7,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A massa de rendimento real habitual (R$ 277,2 bilhões) apresentou estabilidade em relação ao último trimestre e alta de 10,8% na comparação anual.