Um estudo feito pelo U.S. Bureau of Labor Statistics (uma espécie de IBGE americano voltado apenas para mapear os índices de trabalho na Terra de Tio Sam) nos mostra resultados interessantes. Os números, relativos a dezembro de 2022 e divulgados no último dia 24, mostram que as taxas de desemprego são menores nos estados governados por republicanos. Dos dez estados com melhor desempenho, sete são vermelhos: Utah, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Florida (esses últimos, os quatro primeiros da lista), New Hampshire, Alabama e Missouri. Três administrações estaduais democratas estão nesse ranking: Minnesota, Nebraska e Vermont. Entre as dez piores taxas de desemprego, há um empate: são cinco estados para cada lado, sendo que os dois piores (Nevada e Illinois) são azuis.
Outro dado importante para analisarmos as economias regionais nos Estados Unidos é a flutuação no número de moradores dos estados com as maiores populações. Segundo informações de 2021 (as de 2022 ainda não estão disponíveis), a California, que detém 39,2 milhões de habitantes, perdeu cerca de 262 000 pessoas. Parte disso é creditada a vítimas da Covid-19. Mas a grande maioria dessa perda tem a ver com a administração democrata, que aumentou tributos e piorou o ambiente de negócios com mais regras para atrapalhar a gestão das empresas.
O resultado disso foi a migração de empreendimentos para outros estados e a criação de novos empregos nessas localidades. Um dos destinos preferidos pelos empresários tem sido o republicano Texas. Com 29,5 milhões de habitantes, os domínios da estrela solitária ganharam 310 000 novos habitantes em 2021. E a também republicana Florida, com21,8 milhões de habitantes, teve um incremento de 211 000 pessoas em sua população.
A combinação dessas estatísticas mostram que existe um movimento econômico favorável aos republicanos, que investem em impostos menores e regras mais atraentes às empresas.
Um artigo publicado pelo jornalista Dan Walters, no portal Cal Matters, mostra dados levantados pelo Instituto de Políticas Públicas da Califórnia que indicam um esvaziamento da região. Desde 2015, o estado perdeu 330 000 habitantes que se mudaram por questões relativas a trabalho – e 37 % da população local já considerou deixar as terras californianas por conta dos altos custos de moradia.
Além de atrair empresas americanas, o Texas vem também chamando a atenção de corporações internacionais. Há dois destaques neste quesito. O primeiro é relativo ao Reino Unido, responsável por US$ 23,5 bilhões em investimentos desde 2013 (o equivalente a 22 % do total investido neste período), vindos de 204 empresas. Outro dado relevante diz respeito a uma só companhia – a Samsung, que investiu US$ 17 bilhões em uma fábrica de chips na cidade de Taylor. Esse é o primeiro passo para a construção de mais 11 plantas, que representam um desembolso total de US$ 192 bilhões.
Esses números mostram uma realidade insofismável: empresários reagem positivamente a uma economia orientada pelo mercado – no caso, uma cartilha mais republicana que democrata. Para distribuir melhor a riqueza, é melhor investir em ações que amplifiquem os negócios e criem empregos. A cada vez que se tenta fazer justiça social unicamente através de impostos, os recursos ficam perdidos na burocracia estatal e chegam minguados aos beneficiários finais. Trata-se de um discurso que pode dar certo na hora de angariar votos, mas nada tem um efeito melhor do que a geração de empregos e novas empresas. Um crescimento sustentável só pode existir com a criação de riquezas. Fora disso, só há feitiçarias econômicas e embustes financeiros.