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Cúpula dos Brics inicia com debate sobre expansão

Diplomacia brasileira avalia que a abertura fragilizaria o poder do próprio país dentro do bloco

A 15ª Cúpula do Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se inicia nesta terça-feira (22) em Joanesburgo com o Brasil pressionado a concordar com a abertura do bloco para novos sócios. Uma decisão deverá ser tomada no encontro dos líderes esta noite.

Com o lema “Brics e África: Parceria para Crescimento Mútuo Acelerado, Desenvolvimento Sustentável e Multilateralismo Inclusive”, a presidência pro tempore da África do Sul é marcada pela ênfase em temas da agenda econômico-financeira do grupo, bem como pela evolução das discussões sobre a ampliação do quadro de membros, que foi iniciada em 2022, pela China.

Lula defendeu, em 2 de agosto, que novos países fossem incluídos nos Brics, como Arábia Saudita, Argentina e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o presidente brasileiro, os representantes das nações do grupo poderiam discutir a possibilidade de adesão de novas nações se houver consenso.

“Possivelmente, nessa reunião, a gente já possa decidir, por consenso, quais os países novos que poderão entrar para os Brics. Eu acho extremamente importante a gente permitir que outros países, que cumprem as exigências, entrarem para os Brics. Do ponto de vista mundial, eu acho que os Brics podem ter uma papel essencial na economia”, disse Lula.

Divergências

A China, que representa o maior peso econômico dentro do bloco de emergentes, vê a expansão do Brics como uma forma de consolidar uma aliança antagônica às organizações lideradas pelos ocidentais, em especial o G7. Pelo menos 22 países são oficialmente candidatos a ingressar no grupo – desde potências emergentes como a Turquia e a Indonésia, até países em grave crise econômica, como a Argentina, ou regimes não-democráticos, a exemplo do Irã, Arábia Saudita e Cuba.

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha sinalizado ser favorável à entrada de alguns destes candidatos, a diplomacia brasileira avalia que a abertura fragilizaria o poder do próprio país dentro do bloco – em que a influência chinesa é preponderante. O Itamaraty também resiste ao Brasil se colocar em uma posição de claro antagonismo aos Estados Unidos e à União Europeia, preferindo circular com maior neutralidade por ambas as esferas.

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