A China e outros 14 países estabeleceram o que deve se tornar o maior pacto comercial da história, abarcando 2,2 bilhões de pessoas e 30% do produto interno bruto (PIB) global – cerca de US$ 26,5 trilhões ao ano, em dados de 2019. A Parceria Regional Econômica Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) foi oficializada neste domingo (15) entre países asiáticos da região do Pacífico. Deixado de fora junto com outros países da América Latina, o Brasil precisará avaliar a adoção de maior proximidade com os países da Ásia, especialmente a China, a fim de se manter competitivo no cenário global.
“Após oito anos de trabalho duro, a partir de hoje [15 de novembro], concluímos oficialmente as negociações da RCEP para a assinatura”, afirmou o primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Xuan Phuc, líder do “país-anfitrião” da cúpula realizada por videoconferência – autoridades afirmam que o acordo deixa a porta aberta para a Índia, que desistiu após uma intensa oposição interna em relação a entrada massiva de produtos chineses no país e outras imposições.
O acordo prevê tarifas baixas de comércio entre os países-membros e não é um integrador de economias nacionais, como a União Europeia. Diferente do governo de Donald Trump e sua política “America First”, o acordo mostra uma Ásia comprometida com o multilateralismo e o livre comércio. Agora, com a vitória de Joe Biden, os líderes que assinaram o pacto aguardam como o novo presidente americano irá se portar.
Países-membros
A RCEP é formada por China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, além dos dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean): Indonésia, Malásia, Singapura, Brunei, Tailândia, Vietnã, Camboja, Filipinas, , Laos e Myanmar.
