Gigante global do comércio eletrônico, com cerca de 600 mil empregados ao redor do mundo, a Amazon irá testar seu pessoal para detectar o coronavírus. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16), pelo fundador e diretor executivo Jeff Bezos. Ele afirmou que se trata de um primeiro passo para a adoção de um sistema de verificações regulares de todos os funcionários. A ideia é ambiciosa. A empresa reuniu uma equipe de cientistas, engenheiros de software e gestores para desenvolver os testes internos e pretende construir um laboratório próprio com essa finalidade.
A declaração foi transmitida em uma carta aos acionistas. Homem mais rico do mundo e pouco afeito aos holofotes, Bezos afirmou: “Testes regulares em escala global, em todos os setores, ajudariam a manter as pessoas seguras e a colocar a economia em funcionamento novamente. Para que isso funcione, nós, como sociedade, precisaríamos de muito mais capacidade de teste do que o atualmente disponível ”.
Se tratou de uma resposta. Desde março, a empresa é criticada por não estar fazendo o suficiente para proteger seus trabalhadores, principalmente os de escalão inferior, que atuam nos armazéns e nas rotas de entrega. A Amazon também mudou seus processos de recrutamento para respeitar as normas de distanciamento físico e permanência em locais fechados. Os ataques surgiram justo quando ficou claro que companhias de comércio eletrônico passariam a lucrar com o isolamento provocado pela pandemia.
Na carta, o bilionário descreveu que para conter a covid-19 a empresa decidiu desligar seu serviços não essenciais, como a rede física de livrarias Amazon Books, e revisar o modelo de trabalho da Whole Foods, sua rede de produtos orgânicos. Não foi anunciada uma data para o início dos testes.