O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista ao canal My News, nesta quinta-feira (26), que as expectativas de inflação de longo prazo continuam, mas acredita que na transição para 2021 ocorra um alívio na alta nos preços. Para ele, a incerteza fiscal continua sendo o fator mais relevante para o mercado e seu descontrole pode contaminar as projeções. “Tem dois processos de geração de expectativa de inflação. Com inflação corrente muito alta, o mercado começa a entender que ela não é passageira. E pode ter outro processo, que a gente já teve no Brasil, em que o cenário fiscal está descontrolado e a saída lá na frente é um processo inflacionário”, explicou.

Ao se referir a taxa Selic, que está em seu mais baixo patamar histórico, Campos Neto destacou que a política monetária leva algum tempo para surtir efeito. O BC projeta que a inflação do próximo ano vá ficar em torno de 3,2%.