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Gasolina consumiu 6,4% da renda das famílias

Proporção da quantia domiciliar necessária para custear o combustível recuou no período, indicando aumento no poder de compra

No quarto trimestre de 2023, encher o tanque de gasolina comprometeu, em média, 6,4% da renda das famílias brasileiras. É o que mostra o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, calculado pela Fipe com base em dados do Monitor de Preços dos Combustíveis e da PNAD Contínua (IBGE). O indicador representa a proporção da renda domiciliar mensal que seria necessária para custear o abastecimento de um tanque de 55 litros com o combustível comum no trimestre de referência.

Em termos de variação, o indicador recuou de 0,2 ponto porcentual em comparação ao terceiro trimestre de 2023, evidenciando um discreto aumento no poder de compra das famílias. Comparativamente, na média das capitais, onde o indicador calculado foi 4,1% e também recuou também marginalmente no último trimestre (-0,1%).

Entre as regiões geográficas, o levantamento revela diferenças importantes no poder de compra das famílias, que pode ser explicadas tanto pelas desigualdades de renda domiciliar quanto pelas variações regionais encontradas nos preços da gasolina. No quarto trimestre de 2023, especificamente, o valor necessário para custear o abastecimento de um tanque de gasolina comum correspondeu a 5,2% da renda média domiciliar mensal no Centro-Oeste, 5,3% no Sudeste e 5,5% no Sul, contrastando com os percentuais no Nordeste (10,7%) e Norte (8,6%). 

Em termos de variação, contudo, todas as regiões exibiram aumento do poder de compra no último trimestre do ano, com destaque para Nordeste e Sul (ambas com redução de 0,3 ponto percentual nos respectivas indicadores). Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, por outro lado, o aumento no preço da gasolina comum afetou negativamente o poder de compra em todas as regiões geográficas, a exemplo do Norte (aumento de 1,1 ponto percentual no indicador) e Nordeste (elevação de 1,0% ponto percentual no indicador).

Contraste

No acompanhamento mensal, o Monitor de Preços de Combustíveis de fevereiro de 2024 revelou um aumento significativo nos preços de cinco dos seis combustíveis analisados: etanol hidratado (+3,9%), gasolina comum (+3,0%) e gasolina aditivada (+2,9%). Esses resultados foram acompanhados por um discreto aumento nos preços médios do diesel (0,7%, no caso do diesel comum e 0,6%, no diesel S-10), enquanto o preço médio do GNV apresentou uma leve queda (-0,7%). 

Em boa medida, o aumento dos preços dos combustíveis ainda reflete o aumento de 12,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, a gasolina e o gás de cozinha. Esse aumento entrou em vigor em 1º de fevereiro e encerrou um longo processo de isenções e desonerações de impostos sobre combustíveis, em vigor desde 2021. 

Embora não tenham sido identificados fatores específicos relacionados ao encarecimento do etanol, que liderou a alta no período, é possível que um aumento na demanda por esse combustível tenha contribuído para o aumento nos preços do biocombustível no último mês. No entanto, é importante ressaltar que o início de 2024 tem se mostrado favorável para abastecimento com etanol, com indicadores favoráveis em cerca de metade das unidades federativas e na maioria das capitais.

Etanol

De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, a preferência pelo etanol, já constatada em janeiro, se manteve em fevereiro, tanto na média das UFs quanto nas capitais, em razão do encarecimento concomitante dos dois combustíveis no período. O início de 2024 tem se mostrado o momento mais favorável para abastecimento com etanol na série histórica do Monitor de Preços de Combustíveis, iniciada em 2017. Em fevereiro, cerca de metade das UFs e a maioria das capitais registram indicadores favoráveis ao etanol (isto é, inferiores a 70%).

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