O Ibovespa fechou em baixa de 0,23% nesta quinta-feira (3), aos 120.583 pontos. O dólar subiu 1,94%, cotado a R$ 4,89 no encerramento. O corte de 0,50 ponto percentual na Selic não foi o suficiente para animar os investidores na primeira sessão após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Em seu comunicado, o Banco Central (BC) informou que a melhora da inflação, aliada à queda das expectativas para o quadro inflacionário doméstico a prazos mais longos, permitiram que o comitê acumulasse a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária. Além disso, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões, caso seja mantida a conjuntura atual. O impacto maior – e negativo – veio do exterior, com o mercado receoso depois do corte da nota de crédito dos Estados Unidos pelo Fitch Ratings e de dados vindos da China. Mais uma vez, o PMI Composto chinês, que analisa a atividade industrial e a de serviços do país, desacelerou de 52,5 em junho para 51,9 em julho, sendo a taxa mais baixa desde janeiro. Enquanto isso, na Zona do Euro, o PMI Composto final do HCOB, realizado pela S&P Global, caiu de 49,9 em junho para 48,9 pontos em julho, ficando abaixo da leitura preliminar de 48,9 e abaixo da marca de 50 pontos. Já nos EUA, o departamento de trabalho do país divulgou que os dados dos pedidos de auxílio-desemprego da última semana mostraram aumento de 6 mil pedidos, indo para 227 mil, considerando ajuste sazonal. Nesse cenário, por aqui, o governo volta a se debruçar na pauta econômica para aprovar, de fato, as matérias estacionadas no Congresso.
As maiores altas foram da Dexco (5,27%) e Prio (4,22%). As baixas, Via Varejo (-8,65%) e Méliuz (-6,24%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram retração: Vale (0,63%), preferenciais da Petrobras (1,28%), Ambev (-2,79%), preferenciais do Bradesco (-0,72%) e Eletrobras (-5,15%). O volume negociado foi de R$ 27,18 bilhões.
