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Empresas listadas na Bolsa lucram 235% em 2021

O rendimento médio de 291 empresas de capital aberto saltou de R$ 68 bilhões em 2020 para R$ 228 bilhões

Os ganho das empresas listadas na B3 mais que triplicaram em 2021, após uma queda de 35% em 2020 devido à pandemia. O lucro médio de um grupo de 291 empresas de capital aberto saltou de R$ 68 bilhões em 2020 para R$ 228 bilhões no ano passado, um aumento de 235%, segundo a consultoria de informações financeiras Economatica. Esse valor supera em muito o momento pré-crise, quando as empresas tiveram lucros somados de R$ 105 bilhões.

“Os valores foram muito significativos, com lucro e receitas crescentes no período. Mesmo isolando 2020, que foi um ano ruim e que tem uma base fraca, o resultado é o dobro do verificado em 2019, antes do coronavírus“, afirmou o gerente de relação institucional e comercial da Economatica, Einar Rivero. Ao contrário de negócios de pequeno e médio porte que não conseguiram sobreviver à pandemia e fecharam as portas, as grandes companhias aprenderam com a crise e saíram fortalecidas.

Um exemplo disso é o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), que é uma medida de quanto valor uma empresa pode criar para o negócio e os investidores com base em seus próprios recursos. Em 2020, essa rentabilidade caiu de 12,08% para 7,02%. No ano passado, saltou para 20,49%. Os resultados refletem um aumento muito maior das receitas do que das despesas operacionais. Enquanto as vendas líquidas subiram 45,9% no ano passado, as despesas subiram 22,4%, segundo a Economatica. Nessa equação, o caixa aumentou 12%, de R$ 483 bilhões para R$ 541 bilhões.

Energia elétrica em primeiro

Em um ano de crise energética, onde o país quase viveu um novo racionamento, as empresas de energia lucraram R$ 52,2 bilhões ante R$ 44,8 bilhões de 2020. Os números refletem, além de uma recuperação na demanda que caiu no primeiro ano da pandemia, a alta nos preços da energia, já que os aumentos são repassados para a tarifa dos consumidores.

Em relatório do Itaú BBA, os analistas afirmam que algumas empresas seriam beneficiadas pelos reajustes baseados no IGPM. No ano passado, o índice acumulou 17,78% de alta. Outro fator que ajudou as empresas a melhorar os resultados foram as reduções nas perdas e na inadimplência.

Além disso, com a necessidade de gerar energia para compensar a queda no volume de água dos reservatórios, algumas geradoras passaram a produzir energia térmica, mais cara. Em alguns casos, o preço era superior a R$ 2 mil o megawatt/hora (MWh).

Exceções

Segundo Einar Rivero, da Economatica, quase todos os setores registraram recuperação em 2021, exceto os segmentos de educação e Transporte e Serviços – este último inclui as companhias de aviação civil, que ainda sofrem os reflexos da pandemia e podem ter mais problemas por causa da alta no preço dos combustíveis. A Gol, por exemplo, teve prejuízo de R$ 7,2 bilhões em 2021; e a Azul, de R$ 4,7 bilhões.

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