Pesquisa publicada na PNAS confirma que o dinheiro influencia na felicidade e no bem-estar, inclusive mais do que imaginamos
Estudo recente conduzido por dois renomados cientistas norte-americanos, Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, trouxe à tona novas evidências sobre a relação entre dinheiro e felicidade. Segundo os pesquisadores, a remuneração financeira tem um impacto significativo no bem-estar emocional das pessoas, contribuindo para uma maior sensação de felicidade e satisfação pessoal.
Para validar essa conclusão, o site de relacionamentos Meu Patrocínio realizou uma extensa pesquisa com mais de 42 mil adultos entre 18 e 65 anos. Os resultados confirmaram que a estabilidade financeira está fortemente associada à felicidade nas relações interpessoais. Pessoas que se sentem bem remuneradas tendem a ser mais confiantes e experimentam maior contentamento em suas vidas.
O especialista em relacionamentos, Caio Bittencourt, destaca que a busca por parceiros financeiramente estáveis tem se intensificado entre jovens mulheres, especialmente através de plataformas como o “sugar dating”. Ele observa que a falta de estabilidade financeira é um fator significativo que contribui para crises conjugais, sendo responsável por uma parcela considerável dos divórcios no Brasil.
Para mensurar o impacto do dinheiro na felicidade, os cientistas Kahneman e Killingsworth adotaram uma abordagem inovadora, utilizando um aplicativo de smartphone chamado Track Your Happiness para monitorar os sentimentos dos participantes ao longo do dia. A pesquisa revelou que o bem-estar emocional varia consideravelmente entre indivíduos e está diretamente influenciado pelo aspecto financeiro de suas vidas.
Embora o estudo mostre que a renda é importante além de um limite anteriormente considerado, Killingsworth também não quer que o seu estudo reforce a ideia de que as pessoas devem se concentrar mais no dinheiro. Em vez disso, ele diz que espera que esta pesquisa possa ajudar a avançar a conversa na tentativa de encontrar o que ele chama de “equação da felicidade humana”.