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A CEO Improvável: Madonna

Na semana internacional da Mulher, o posto de CEO Improvável de Money Report vai evidentemente para alguém do sexo feminino. Quem melhor para ocupar este posto que Madonna Louise Veronica Ciconne? No mundo da música, ela é a terceira artista mais rica de todos os tempos (a fortuna dela é estimada entre US$ 590 e 800 milhões) e a quarta no ranking das maiores vendas do planeta, atrás apenas de Elvis Presley, dos Beatles e de Michael Jackson. Trocando em miúdos: Madonna é a mulher que mais vendeu discos no mundo.

Filha de um engenheiro da General Motors, nascida em Bay City, no Michigan, e criada em Pontiac, subúrbio de Detroit, Madonna foi uma estudante com notas altas e comportamento nada convencional. Largou a faculdade para morar em Nova York, pensando em seguir carreira como bailarina. Neste período, foi contratada com dançarina para a turnê do cantor Patrick Hernandez (que ficou conhecido pelo sucesso disco de “Born To Be Alive”) e decidiu ser cantora. Ficou batalhando um lugar ao sol no showbiz entre 1978 e 1982, quando conseguiu gravar seu primeiro compacto, “Holiday”, que teve um relativo sucesso.

Uma exposição ainda maior viria ao final de 1983, com a música “Borderline”. O álbum que se seguiu vendeu bastante, mas Madonna só chegou à condição de superstar em 1985, quando lançou o LP “Like a Virgin” e emplacou um hit após o outro. Chegou ao topo e ficou lá até hoje.

Logo após explodir no hit parade, Madonna viu que teria de dirigir sua própria carreira. Passou, então, a planejar todos seus passos e deixando de ser apenas uma cantora. Aproveitou a fama para se tornar uma estrela de cinema e passou a ser co-compositora de várias faixas que gravou.

Sob o ponto de vista técnico, ela não é um prodígio como cantora, atriz ou autora. Mas conseguiu entender profundamente seu público e surpreendê-lo constantemente, criando factoides e se estabelecendo como uma das pessoas mais famosas do mundo.

Como toda artista que atingiu a maturidade dos anos 1970 e 1980, Madonna encarou o sexo e o exibicionismo como uma forma de protesto – e usou e abusou deste estratagema para ficar nas manchetes dos jornais. Nos dias de hoje, essa estratégia talvez não desse certo. Mas isso funcionou até o final da década de 1990.

O palestrante Jamie Anderson, do comitê de Desenvolvimento de Negócios da London Business School, classificou Madonna em um artigo na revista Business Strategy Review como uma empreendedora nata. E afirmou que a cantora tinha cinco características imprescindíveis para o sucesso. A primeira seria uma visão única de seu negócio – no caso, a própria carreira. Em seguida, a capacidade de alavancar competências e trabalhar fraquezas. Depois, uma implementação consistente da visão de seu negócio. A quarta: entendimento do público e das tendências de seu setor. Por fim, a renovação contínua.  

Os resultados estão aí, traduzidos em números e em share of mind. De todos os pontos listados por Anderson, o último (a renovação contínua) é o que se destaca mais. Aos 62 anos de idade, Madonna acaba de lançar um novo videoclipe, totalmente gravado pelas lentes de um smartphone. Tudo em nome da inovação – e da renovação.

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