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Itaú Unibanco amplia crédito, eleva receita com tarifas e vendas de carteiras no 2º tri

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – O Itaú Unibanco teve leve variação no lucro do segundo trimestre, uma vez que maiores receitas com tarifas, com crédito e com vendas de carteiras compensaram os efeitos de maiores despesas com provisões para perdas com inadimplência.

O maior banco privado do país informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido recorrente de 6,38 bilhões de reais no período, alta de 3,5 por cento ante igual período de 2017, mas recuo de 0,6 por cento na medição sequencial. As projeções para o ano foram mantidas.

Numa mão, a carteira de crédito evoluiu 3,7 por cento em três meses e 6,1 por cento contra um ano antes, para 623,3 bilhões de reais. A expansão, pontuada pelo foco nas operações que rendem maiores spreads, como no varejo, fizeram a margem financeira com clientes crescer 4,5 por cento na base sequencial, para 15,95 bilhões de reais. A margem com clientes ajustada ao risco subiu de 7,4 para 7,6 por cento no período.

Além disso, os 8,73 bilhões de reais da receita com tarifas e serviços representaram um aumento de 2,3 por cento contra o primeiro trimestre e de 8,6 por cento ano a ano.

O Itaú Unibanco ainda teve no período receita com a venda de carteiras ativas sem retenção de riscos, com valor de face de 608 milhões de reais. O banco também vendeu carteira que já tinha sido baixada a prejuízo com valor de face de 7,4 bilhões de reais (segundo o banco, de um grande cliente), com impacto de 101 milhões no lucro líquido.

Isso compensou o aumento de 3,9 por cento das provisões para perdas esperadas com calotes, também sequencial, para 4,27 bilhões de reais. O banco atribuiu esse aumento à expansão maior da carteira de varejo, que incorre em maior risco.

Assim, o custo do crédito — o resultado das provisões para inadimplência menos os valores recuperados — caiu 4,9 por cento ante o trimestre anterior e 19,5 por cento ano a ano, para 3,6 bilhões de reais.

Essa evolução se deu num ambiente de prolongada melhora do perfil de risco da carteira. O índice de inadimplência acima de 90 dias caiu a 2,8 por cento, o menor nível em 13 trimestres, com apoio das operações no Brasil, onde o índice foi de 3,4 por cento, também o menor desde o primeiro trimestre de 2015.

Entre os pontos de menor brilho no balanço, as despesas não decorrentes de juros, de 12,26 bilhões de reais, representam aumento sequencial de 5 por cento e subiram 6,1 por cento ano a ano, refletindo em parte maiores gastos com marketing durante o Copa do Mundo.

O Itaú Unibanco também teve uma importante queda de 22,8 por cento na margem financeira com o mercado (tesouraria) em relação ao trimestre anterior, para 1,34 bilhão de reais.

Por último, o banco teve redução sequencial de 89 milhões de reais nas receitas de serviços com cartões de crédito, devido às maiores despesas com programas de recompensas e menores receitas com aluguel de máquinas e com taxa de desconto (MDRs).

No conjunto, o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital do acionista, foi de 21,6 por cento no trimestre, queda de 0,6 ponto contra o trimestre anterior, e aumento ano a ano de 0,1 ponto.

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