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Aumento do crédito e controle de custos impulsionam lucro do Santander Brasil no 2º tri

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – A combinação de alta robusta do crédito e controle das despesas operacionais e com provisões para calotes impulsionaram o lucro do Santander Brasil no segundo trimestre.

O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta quarta-feira lucro gerencial, ou recorrente, de 3,025 bilhões de reais no período, montante 29,6 por cento maior do que os 2,335 bilhões de reais de igual etapa de 2017. Na comparação sequencial, o aumento foi de 5,8 por cento.

Já o lucro societário, referência para remuneração aos acionistas, subiu 58,1 por cento por cento ano a ano e 5,4 por cento sobre o trimestre anterior, para 2,972 bilhões de reais.

Assim como tem ocorrido nos últimos quatro trimestres, o impulso no lucro foi apoiado por forte crescimento das operações de crédito do banco. No fim de junho, a carteira de empréstimos do Santander Brasil somava 290,48 bilhões de reais, um aumento de 13,1 por cento em 12 meses. O destaque foi o financiamento ao consumo, com um salto de 23 por cento.

Além do aumento do volume de operações, o banco praticou maiores spreads -diferença entre o custo de captação e o valor cobrado para emprestar a clientes. Com isso, a receita oriunda das operações de crédito cresceram 20,1 por cento ano a ano.

E a qualidade da carteira foi mantida, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 2,8 por cento, queda de 0,1 ponto percentual na comparação anual e sequencial.

Com isso, a despesa com banco com provisões para perdas com calotes, menos a despesa com recuperação de operações baixadas para prejuízo, somou 2,6 bilhões de reais no trimestre, queda de 1,8 por cento contra o primeiro trimestre. O indicador que mede o custo do crédito ficou estável ano a ano, em 3,2 por cento.

Em outra frente, as receitas com tarifas e serviços subiram 3,4 por cento contra o trimestre imediatamente anterior e evoluíram 12,7 por cento ano a ano, para 4,28 bilhões de reais.

As chamadas despesas gerais avançaram em ritmo inferior ao da expansão das receitas, mesmo com o banco ampliando em 1,4 mil seu quadro de funcionários no período de 12 meses encerrado em julho. As despesas, que incluem salários, tiveram alta anual de 7 por cento, para 4,87 bilhões de reais.

Com esse conjunto, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi de 19,5 por cento no período, aumento de 0,4 ponto percentual sobre o trimestre anterior.

(Por Aluísio Alves)

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