O plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acelerar a agenda de reformas para enfrentar a crise provocada pela pandemia do coronavírus deverá ser adiado temporariamente. O avanço da doença no país e a possibilidade de o Congresso paralisar as atividades devem atrasar a análise das reformas tributária e administrativa, além da PEC Emergencial, da PEC dos Fundos e outras medidas do ajuste fiscal consideradas prioritárias por Guedes. Um estudo da consultoria Arko Advice, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que as principais alterações que o governo projetava aprovar no ano podem ficar só para o início de 2021. Mesmo em um cenário de controle do vírus, os prazos regimentais, feriados, recesso parlamentar e as eleições municipais irão afetar os trâmites na Câmara e no Senado. Diante do momento de incertezas, para evitar uma desaceleração maior do PIB, o ministro anunciou na segunda-feira (16) um pacote de medidas para injetar R$ 147,3 bilhões na economia entre abril e junho.