Com destaque para B3, Lojas Renner e Localiza, carteiras ESG ganham força e atraem recomendações positivas de analistas
O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, que reúne empresas com boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), teve alta de 22,53% nos últimos 12 meses, desempenho superior ao do Ibovespa, que avançou 16,09% no mesmo período. Os dados se referem ao intervalo encerrado em 19 de maio de 2025.
Mesmo em abril, mês marcado por volatilidade no mercado provocada pelo aumento de tarifas nos EUA pelo presidente Donald Trump, o ISE apresentou alta de 10,5% em relação a março, contra 3,7% do Ibovespa.
Entre os papéis mais recomendados por analistas para compor carteiras ESG estão os da B3 (B3SA3) e das Lojas Renner (LREN3). A operadora da bolsa aparece nas seleções de Genial Investimentos, Itaú BBA e XP, enquanto a varejista é destacada por XP, BTG Pactual e Itaú BBA.
A XP vê boas perspectivas para a B3 graças ao seu valuation atrativo, forte geração de caixa e reestruturação de custos que mantém margens Ebitda saudáveis. A Genial também recomenda a ação com preço-alvo de R$ 15,80, reforçando a expectativa de crescimento do lucro em 2025. A XP, mais cautelosa, indica recomendação neutra com alvo em R$ 14, mesma estimativa do Itaú BBA.
Já para as Lojas Renner, os analistas destacam a recuperação do varejo, a divisão de crédito ao consumidor e a estratégia de preços bem ajustada. A XP vê a ação como atrativa e sugere compra com preço-alvo de R$ 17. O Itaú BBA estima o preço justo em R$ 13.
Outro nome relevante é o da Localiza (RENT3), que teve a maior contribuição positiva na carteira ESG do Itaú BBA em abril. A empresa também figura entre as recomendações do BTG, que aposta na valorização da ação em cenários de queda de juros, favorecendo sua estrutura de custos e alto grau de alavancagem operacional.
“Vemos a Localiza como a melhor tese com exposição à queda dos juros entre as empresas sob nossa cobertura”, destacou o BTG Pactual, que acredita no forte potencial de geração de lucros da companhia em um cenário de menor custo de capital.
