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Exame: Brasileiro vende bonecos reborn por até R$ 6 mil nos EUA

Bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos viraram febre nas redes sociais; empresário brasileiro tem Maternidade Reborn desde 2018

No último mês, os bebês reborn – bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos – são o assunto das redes sociais. São mais de 1 milhão de publicações referentes ao tema no TikTok. Mas, se os bonecos são febre, as mães que os adotam estão ganhando ainda mais destaque. Elas podem gastar de R$ 200 até R$ 10 mil para “dar à luz” ao novo filho ou filha.

Embora o mercado ainda careça de dados consolidados, os números que começam a aparecer revelam um cenário de crescimento expressivo. A artista Alana Nascimento, uma das principais produtoras de reborns no Brasil, contou ao Fantástico que fatura até R$ 300 mil mensais com as vendas das bonecas. Muitas das “cegonhas” (como são chamadas as artesãs) estão ganhando destaque nas redes após o documentário feito pelo jornalista Chico Barney, “Bebês Reborn Não Choram”.

Esse movimento não é novidade para Richard Harary, empresário brasileiro que, desde 2018, introduziu os bebês reborn em sua loja MacroBaby, localizada na Flórida, nos Estados Unidos. Percebendo o crescente interesse por essas bonecas, Harary apostou no nicho com a criação da Maternidade Reborn, um centro de experiências imersivas que logo se tornou um dos principais atrativos da loja.

Como tudo começou?

Natural de São Paulo, Richard Harary se mudou para a Flórida aos 18 anos com o sonho de cursar Psicologia. Porém, seu caminho logo se desviou para o empreendedorismo. Ele comprou uma pequena empresa de bagagens por US$ 7 mil e, com o tempo, se tornou um forte vendedor pelo eBay nos Estados Unidos.

No entanto, foi a chegada de sua filha, Gabriela, que despertou uma nova oportunidade. “Eu ia até as lojas [de maternidade] e observava coisas que faltavam nelas todas”, diz o brasileiro.  Embora o mercado americano fosse bem servido, os itens eram, em sua maioria, “conservadores”. Na Europa, por outro lado, ele já via produtos com mais personalidade.

Harary passou a importar os produtos europeus para os Estados Unidos e assim nasceu a MacroBaby, com foco inicial em itens para bebês e famílias. “Escrevi o plano de negócios com a Gabi no meu colo”, lembra.

Em 2018, o brasileiro introduziu os bebês reborn no portfólio da loja, ao perceber o crescente interesse por esses bonecos no mercado. Junto a isso, criou a Maternidade Reborn, um espaço exclusivo onde as crianças (e adultos) podem os buscar direto da maternidade.

De lá para cá, famosos como Xuxa, Sabrina Sato, Celso Portiolli e Silvio Santos passaram pela MacroBaby. A marca vende enxovais completos, que incluem itens como berços e cadeirinhas para carro, e ficam entre US$ 1.500 e US$ 3.000 (aproximadamente entre R$ 8.400 e R$ 16.800).

O sucesso dos bebês reborn

Com o sucesso da Maternidade Reborn, as vendas dispararam, especialmente durante as datas comemorativas como o Natal. O segmento de bebês reborn e a experiência da maternidade passaram a representar uma parte importante do faturamento da MacroBaby, mas a empresa não revela valores exatos.

O preço dos bebês reborn varia, com modelos mais simples a partir de US$ 200, enquanto os mais detalhados podem superar os US$ 1.000. Considerando a cotação atual do dólar, a aquisição de um recém-nascido pode custar por volta de R$ 6.500 reais na MacroBaby.

A empresa de Harary agora oferece franquias da maternidade, com unidades nos Estados Unidos e no Brasil. A ideia é que interessados podem focar somente no segmento reborn, e não na loja completa da MacroBaby. “Estamos iniciando a seleção de parceiros para operar franquias exclusivas”, diz.

Embora o interesse por reborns tenha aumentado entre adultos, muitas vezes por motivos terapêuticos, o foco da MacroBaby permanece no público infantil, que continua sendo o coração da empresa. “A grande maioria do público ainda são crianças”, explica o executivo. “Mas, claro, acolhemos todos os perfis com carinho”.



Por Laura Pancini

Link original: bit.ly/4jMlkWq

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