Mesmo com cenário macroeconômico mais desafiador, banco mantém patamar de lucros e supera expectativas do mercado
O Santander Brasil deu a largada na temporada de resultados do setor bancário com um desempenho acima do esperado. O banco registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,86 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima da média das projeções do mercado, que apontava para R$ 3,7 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
A receita total do banco somou R$ 21 bilhões no trimestre, com crescimento de 7% em 12 meses. As despesas operacionais, por outro lado, avançaram 4,4%, o que contribuiu para a melhora do índice de eficiência, que caiu para 37,2% — o melhor patamar em três anos.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), indicador que mede a rentabilidade do capital investido, também apresentou avanço, chegando a 17,4%, alta de 3,3 pontos percentuais no ano. O número superou as expectativas de boa parte dos analistas.
“O resultado do primeiro trimestre de 2025 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável”, afirmou Mario Leão, presidente do Santander Brasil. Segundo ele, o banco conseguiu manter os níveis de lucro e rentabilidade registrados no último trimestre de 2024, apesar do ambiente econômico mais desafiador, tanto no Brasil quanto no exterior.
A carteira de crédito ampliada cresceu 4,3% na comparação anual e se manteve estável em relação ao último trimestre, movimento que, segundo o banco, demonstra disciplina na alocação de capital e foco em linhas mais rentáveis.
A inadimplência permaneceu controlada, com índice de 3,3% para atrasos superiores a 90 dias, em linha com o registrado um ano antes.
Já a margem financeira bruta — que inclui as receitas com juros — atingiu R$ 15,9 bilhões, alta de 7,7% em 12 meses. A margem com clientes, que considera as operações de crédito, avançou 9,5% no período. As receitas com comissões cresceram 5,1%, refletindo a estratégia do banco de diversificar suas fontes de receita entre crédito e serviços.
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