Pesquisa da Neotrust mostra que mulheres impulsionam categorias antes dominadas por homens no e-commerce
As mulheres estão redefinindo o perfil do consumidor digital no Brasil e ganhando espaço em segmentos antes considerados predominantemente masculinos. De acordo com um levantamento da Neotrust Confi, a categoria que mais cresceu entre o público feminino no comércio eletrônico em 2024 foi a de produtos para casa e construção, com alta de 38,3% nas compras realizadas. O tíquete médio dessa categoria também registrou avanço expressivo, com aumento de 49,7% em relação ao ano anterior.
Outro destaque do estudo é a categoria de ar e ventilação, que teve crescimento de 26,8% entre as consumidoras. A movimentação aponta para uma mudança significativa no comportamento de compra das mulheres, influenciada pelo aumento da presença feminina no mercado de trabalho e pela busca por maior autonomia nas decisões de consumo.
“O e-commerce está contribuindo diretamente para essa transformação. As mulheres estão assumindo o protagonismo em escolhas que antes eram delegadas aos homens”, afirma Vanessa Martins, Head de Marketing da Confi. Segundo ela, fatores como acesso à informação, independência financeira e confiança na tomada de decisão têm impulsionado essa mudança. “O ambiente digital, ao proporcionar uma experiência segura e inclusiva, rompe barreiras e estimula a exploração de novas categorias sem estigmas.”
Os dados reforçam essa tendência: em 2024, as mulheres movimentaram R$ 167,7 bilhões no e-commerce brasileiro, superando o volume gerado pelos homens, que ficou em R$ 162 bilhões. O crescimento também foi mais acelerado entre as consumidoras: alta de 17,2% no comparativo anual, frente a 10,4% entre os homens.
Para Vanessa, a adesão feminina ao comércio eletrônico está diretamente ligada à praticidade, à variedade de produtos disponíveis e à liberdade de comprar em qualquer horário. “O comportamento da consumidora digital é conectado, ágil e valorizador da conveniência. Essa postura transforma o varejo e impõe novos desafios ao setor.”
Ela ressalta que o mercado precisa se adaptar a essa nova realidade. “É essencial repensar as estratégias de marketing, investir em comunicação inclusiva e reconhecer a diversidade e o poder de compra feminino. As mulheres estão no centro da transformação do consumo digital”, conclui.