Se concretizada, a Wiz será a maior aquisição da gigante da tecnologia
A Alphabet, empresa controladora do Google, está prestes a dar um passo significativo no setor de cibersegurança. Segundo informações da Bloomberg, a gigante da tecnologia deve anunciar em breve a aquisição da Wiz, uma plataforma de segurança digital, por US$ 23 bilhões (equivalente a R$ 124,2 bilhões). Caso a transação seja concretizada, esta será a maior aquisição da história da Alphabet, superando os US$ 12,5 bilhões pagos pela Motorola em 2012.
Fundada em 2020 e avaliada em US$ 12 bilhões durante uma rodada de financiamento, a Wiz é uma companhia baseada em Nova York que conecta vários provedores de armazenamento em nuvem, como Amazon Web Services e Microsoft Azure. Sua tecnologia verifica os dados armazenados em busca de potenciais riscos à segurança das informações. Investidores notáveis, como Andreessen Horowitz, Lightspeed Venture Partners e Thrive Capital, já demonstraram confiança no potencial da empresa.
A corrida por novas aplicações de inteligência artificial tem sido uma prioridade para empresas de tecnologia desde o início do ano. A aquisição da Wiz pode ajudar o Google a competir mais agressivamente com líderes do mercado de computação em nuvem, Microsoft e Amazon. Enquanto a Microsoft registrou um crescimento significativo em 2023, impulsionado por tecnologias de inteligência artificial, o desempenho do Google no setor de cloud computing foi apenas ligeiramente melhor do que o esperado. Embora o Google tenha reportado lucro em sua unidade de cloud computing em trimestres consecutivos, após anos de operações deficitárias, a empresa ainda busca fortalecer sua posição no mercado.
Desafios regulatórios
Apesar das oportunidades, a aquisição pode enfrentar desafios regulatórios. A cibersegurança é um tema de interesse estratégico para governos, incluindo o dos Estados Unidos, que pode acionar sistemas antitruste para evitar monopólios no setor. Recentemente, a Microsoft enfrentou críticas devido a falhas de segurança que permitiram a hackers supostamente ligados ao governo chinês roubar e-mails de funcionários públicos norte-americanos.
