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‘Revogaço’ de Lula paralisa blindagem de veículos

Intervenções do presidente no decreto de armas do governo Bolsonaro impactaram setor – que teme quebra

Ao revogar os decretos que facilitavam o acesso a armas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acabou paralisando a blindagem de veículos em empresas especializadas e a transferência desses automóveis. Representantes do setor alegam que a decisão travou o serviço e pode provocar uma demissão em massa. 

O Decreto 10.030, de 30 de setembro de 2019, que trata da blindagem de carros era o mesmo que regulamentava a venda e a autorização para a posse e o porte de armas de fogo – que foi revogado por Lula no primeiro dia de seu governo.

A blindagem de veículos, assim como ocorre com a venda de armamentos, é monitorada pelo Exército. Entidades do setor afirmam que, sem normas para que as empresas não cometam irregularidades e sejam acusadas de atuação ilegal, elas tiveram de paralisar as atividades. A derrubada das normas sobre blindagem teria sido um equívoco por parte do governo Lula, que não fez a avaliação técnica com tempo hábil para entender o impacto da medida sobre o setor de segurança privada, segundo a Associação Brasileira da Blindagem (Abrablin). 

Agora, a entidade espera que o assunto seja objeto de novo decreto a ser publicado já nas próximas semanas. “O que estamos pleiteando é celeridade na análise para não causar prejuízos ao setor bem como às pessoas que buscam por esta proteção, possam usufruir desta segurança”, informou a Abralin, em nota.

Segundo a entidade, no ano passado, 25,9 mil veículos foram blindados. Em 2021, foram 20 mil unidades. Em um ano, o aumento no volume de blindagens foi de quase 30%. Assim como os preços subiram diante da demanda e dos insumos mais caros. O dado vai na contramão do mercado geral de carros. Em 2022, as vendas caíram 0,7% na comparação com o ano anterior, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Ficamos no mesmo pacote das armas e pegamos a rebarba. A gente tem que trabalhar. Eles já entenderam que estão errados e que cometeram um erro. Mas essa correção é que demora. Mas tem que ser resolvido o mais rápido possível”, afirmou o presidente da Abralin, Marcelo Silva.

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