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Zelensky e a falsa camiseta com suástica

MONEY REPORT escolheu como a Fake News da Semana a imagem do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, segurando uma camiseta com as cores da seleção nacional de futebol de seu país com seu nome acima de uma suástica que substitui a numeração das costas. A imagem postada em português foi compartilhada mais de mil vezes nas redes sociais desde 28 de fevereiro por causa do conflito russo-ucraniano. Contudo, se trata de uma falsificação.

Esse é Zelensky herói de Guga Chacra e da Globo segurando a camiseta do batalhão Azov grupo abertamente nazista e que chacinaram russos que viviam em Donbass e queimaram vivos comunistas”, diz uma das publicações no Facebook.

A fotografia original foi compartilhada pelo presidente ucraniano em sua conta no Instagram, em 8 de junho de 2021, sob a descrição: “O novo uniforme da seleção nacional de futebol da Ucrânia é definitivamente especial. Pode ser surpreendente. Apresenta vários símbolos importantes que unem os ucranianos desde Lugansk até Uzhgorod, desde Chernigov até Sebastopol. Nosso país é um e indivisível. Crimeia é Ucrânia”.

A afirmação do presidente foi criticada pela Uefa, entidade que organiza o futebol europeu, dado seu caráter nacionalista. Além de incluir o lema “Glória aos Nossos Heróis”, em referência aos protestos de 2013-14 contra o presidente Viktor Yanukovych (pró-Rússia), que foi derrubado e vive exilado em Moscou, a peça exibia também um mapa da Ucrânia com a península da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014. Mas em nenhum homem qualquer suástica foi estampada. Aliás, Zelensky é filho de judeus praticantes. Portar um camiseta ligada ao Batalhão Azov, uma organização antissemita que usa heráldica da 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, que massacrou judeus no Front Oriental, na Segunda Guerra é uma estupidez.

A tentativa de ligar Zelensky com uma ultradireita ultranacionalista e violenta é contínua desde a invasão da Ucrânia para justificar a invasão russa. É uma afirmação muito da parcial e inconsistente. Existem milícias de direita no país. O Batalhão Azov acabou incorporado à guarda nacional ucraniana, assim como separatistas finaciados por Moscou – todos violentos, armados, bem treinados e sem nenhuma supervisão legal direta. Nos protestos do Euromaidan, em 2014, que resultaram em 108 mortes, 300 desaparecidos e 2 mil civis feridos, foram identificados 3 ou 4 integrantes das ultradireitistas Unso (Assembleia Nacional Ucraniana – Autodefesa Popular Ucraniana), Svoboda (União Pan-Ucraniana Liberdade) e Pravyy Sektor (Setor Direito). Assim como do outro lado havia integrantes da Berkut, a violenta força de choque pró-russa que foi dissolvida e terminou o confronto com 13 agentes mortos e 300 feridos, além dos pistoleiros da gangue Titushky

Confira em frente e verso:

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