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Temer defende na ONU seu governo e diz que Brasil tem democracia vibrante e sólida

(Reuters) – A poucos dias do primeiro turno das eleições, o presidente Michel Temer usou seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU para defender seu governo e afirmar que a democracia no Brasil é vibrante e sólida.

“A alternância no poder é da alma mesma da democracia. E a nossa, senhoras e senhores, é uma democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas”, disse Temer na Organização das Nações Unidas.

“Transmitirei a meu sucessor as funções presidenciais com a tranquilidade do dever cumprido”, disse o presidente, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro. “O país que entregarei a quem o povo brasileiro venha a eleger é melhor do que aquele que recebi. Muito ainda resta por fazer, mas voltamos a ter rumo.”

Temer disse ainda que o próximo governo e o Congresso encontrarão “bases consistentes” para um país mais “próspero e mais justo”.

“Dissemos não ao populismo e vencemos a pior recessão de nossa história, recessão com severas consequências para a sociedade, sobretudo para os mais pobres. Recolocamos as contas públicas em trajetória responsável e restauramos a credibilidade da economia”, disse o presidente, que assumiu o governo em maio de 2016, a partir do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Temer centrou seu discurso em dois temas, o combate ao isolacionismo e à intolerância.

“Os desafios à integridade da ordem internacional são muitos. Vivemos tempos toldados por forças isolacionistas. Reavivam-se velhas intolerâncias. As recaídas unilaterais são cada vez menos a exceção”, criticou.

“Pois à primeira dessas tendências, o isolacionismo, o Brasil responde com mais abertura, mais integração. O Brasil sabe que nosso desenvolvimento comum depende de mais fluxos internacionais de comércio e investimentos”.

O presidente citou ainda a recepção aos venezuelanos que têm buscado a imigração para o Brasil e afirmou que o país tem respondido à crescente intolerância no mundo com “diálogo e solidariedade”.

“Na América Latina, o Brasil tem trabalhado pela preservação da democracia e dos direitos humanos. Seguiremos, junto a tantos outros países, ao lado de povos irmãos que tanto têm sofrido”, disse.

Temer cobrou ainda a reforma do sistema ONU, especialmente do Conselho de Segurança, uma reivindicação brasileira desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. O Brasil se candidata a ser um dos novos membros permanentes, em uma ampliação que iria além dos cinco países com poder de veto atualmente –Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido–, mas que é hoje um assunto esquecido na entidade.

“Precisamos fortalecer esta organização. Precisamos torná-la mais legítima e eficaz. Precisamos de reformas importantes –entre elas a do Conselho de Segurança, que, como está, reflete um mundo que já não existe mais. Precisamos, enfim, revigorar os valores da diplomacia e do multilateralismo”, defendeu Temer.

(Por Lisandra Paraguassu, em Brasília)

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