Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – O setor de serviços voltou a crescer em fevereiro, porém, com um resultado bem abaixo do esperado e insuficiente para recuperar as perdas do mês anterior, destacando a dificuldade de imprimir um ritmo sustentado de recuperação.
O volume de serviços teve em fevereiro avanço de 0,1 por cento na comparação com o mês anterior, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,5 por cento, após recuo em janeiro de 1,9 por cento.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume registrou perdas de 2,2 por cento, ante expectativa de queda de 0,3 por cento.
“O setor de serviços não mostra sinais claros de uma recuperação sustentada. Os serviços estão com comportamento como a economia em geral: com perdas e ganhos mensais, e num processo lento e gradual”, afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Rodrigo Lobo.
O leve ganho no volume de serviços em fevereiro deveu-se exclusivamente à atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, única a apresentar alta sobre o mês anterior, de 1,7 por cento.
Entre as outras, os serviços prestados às famílias caíram 0,8 por cento, outros serviços tiveram queda de 0,7, por cento, serviços de informação e comunicação perderam 0,6 por cento, transportes e serviços auxiliares aos transportes e correio recuaram 0,3 por cento.
As atividades turísticas, por sua vez, apresentaram queda de 3,4 por cento em relação a janeiro.
Em meio a uma recuperação gradual da economia brasileira, o setor de serviços vem apresentando uma retomada mais irregular com o desemprego ainda em nível alto no país, mesmo diante de uma inflação baixa que favorece o consumo.