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Proposta de mudanças em aposentadoria prejudica aliados de Putin em eleições regionais

Por Polina Nikolskaya e Andrew Osborn

VLADIVOSTOK, Rússia/MOSCOU (Reuters) – O governista Partido Rússia Unida sofreu um revés incomum nas eleições regionais russas, apesar de conquistar a maioria dos assentos, o que líderes políticos e autoridades atribuíram aos planos impopulares de aumento da idade de aposentadoria.

Os resultados da votação do final de semana que escolheu os líderes de cerca de um terço das regiões da nação foram os piores do partido, que apoia o presidente Vladimir Putin, desde que as eleições para líderes regionais foram retomadas em 2012.

Quatro candidatos apoiados pelo Kremlin tiveram que disputar o segundo turno. Dois ficaram em segundo lugar, atrás de um comunista e um nacionalista, e dois ficaram em primeiro lugar, mas sem superar a barreira de 50 por cento de votos necessária para vencer de imediato.

Os opositores da reforma da Previdência, que prevê elevar a idade de aposentadoria de 60 para 65 anos para os homens e de 55 para 60 anos para as mulheres, realizaram protestos em toda a Rússia enquanto a votação transcorria.

A polícia deteve pouco mais de 1 mil pessoas, disse a OVD-Info, organização de direitos humanos que monitora detenções. O líder opositor preso Alexei Navalny convocou os protestos.

Ella Pamfilova, chefe da Comissão Eleitoral Central, disse ser óbvio que as mudanças nas pensões iriam levar os eleitores a expressarem sua insatisfação nas urnas, algo que ela disse ser um sinal de concorrência política genuína.

“É uma boa lição para todos”, disse ela em uma coletiva de imprensa. “É muito útil para o partido do poder receber um cutucão”.

Falando em Vladivostok, cidade do extremo leste do país, Putin disse a autoridades de governo que não se incomodou com a necessidade de segundos turnos em quatro regiões. “É um fenômeno absolutamente normal”, disse.

A região que inclui Vladivistok é uma delas. O homem que Putin indicou como governador interino no ano passado não ultrapassou a barreira dos 50 por cento de votos no domingo, já que um comunista obteve quase um quarto dos votos.

“Não é preciso buscar explicações complexas para a razão de isto ter acontecido”, disse Ivan, eleitor de Vladivostok que não quis informar o sobrenome. “Tudo pode ser explicado pela queda de popularidade das autoridades devido à reforma das pensões”.

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