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Ilan faz apelo a líderes para aprovação da independência do BC ainda neste ano

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, participou de reunião com lideranças partidárias na presidência da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira em que foi discutida a aceleração do projeto que concede independência para a autoridade monetária e temas de prevenção à lavagem de dinheiro.

Uma das ideias abordadas no encontro foi como fechar um acordo com lideranças partidárias para votar um regime de urgência para o projeto que concede independência ao BC, permitindo que o texto siga diretamente para o Plenário da Câmara na próxima semana, disse uma fonte à Reuters.

“O apelo do presidente (Ilan) foi para que pudesse avançar esse ano”, disse o líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro, a jornalistas depois da reunião.

As perspectivas estavam mistas, uma vez que o quórum no Congresso diminui em semanas de feriado, como o da proclamação da República no dia 15, ao mesmo tempo em que o clima entre parlamentares ficou mais positivo depois da eleição de Jair Bolsonaro (PSL), que defende a independência do BC, disse a fonte.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a votação da proposta de autonomia do BC dependerá de todos os líderes e que caberá às lideranças decidirem se esta é uma matéria prioritária para a Câmara, afirmando que não há uma data para a proposta sobre o tema ser votada.

Na véspera, o futuro ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, defendeu que a aprovação não apenas da independência do BC como também da reforma da Previdência neste ano representariam avanços importantes para a economia e um “belo encerramento” do governo Michel Temer.

MAIORIA FAVORÁVEL

A maioria dos partidos presentes à reunião foi “favorável” a acelerar a tramitação do projeto de independência do BC, segundo Ribeiro, destacando posição contrária do PT, PSOL e PCdoB -partidos que fazem oposição a Temer e tendem a permanecer no bloco antagônico a Bolsonaro na próxima legislatura.

Ilan fez um relato sobre os 50 países mais ricos cujos bancos centrais atuam descolados da política, defendendo que o Brasil seguisse a mesma linha. Um dos pontos do projeto é a adoção de mandatos para diretores e presidente do BC.

“Hoje a gente iniciou esse processo de discussão desse tema, que seria relevante para dar estabilidade à política monetária do país”, disse Ribeiro.

“É um tema que vem sendo discutido na Casa há algum tempo e que foi colocado para os líderes a possibilidade de avançar nessa discussão.”

A eventual permanência de Ilan à frente do BC não foi discutida na reunião que ocorreu entre ele e os líderes mais cedo, de acordo com Ribeiro.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

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