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Em meio a lágrimas, multidão se despede de líder rebelde do leste ucraniano

DONETSK, Ucrânia (Reuters) – O funeral de um líder rebelde pró-Rússia morto em uma explosão na semana passada atraiu multidões de pessoas neste domingo em Donetsk, leste da Ucrânia, segundo mostraram imagens da Reuters na região.

Alexander Zakharchenko foi fatalmente ferido em uma explosão em um café em Donetsk na sexta-feira. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou a Ucrânia de promover seu assassinato, enquanto Kiev culpou disputas internas de separatistas pela morte. 

A mídia oficial da autoproclamada República Popular de Donetsk informou que 200 mil pessoas se reuniram para o funeral de Zakharchenko, líder da república desde 2014. A Reuters não conseguiu confirmar esse número.

As filmagens mostraram enormes multidões de pessoas em luto, muitas delas carregando cravos vermelhos, fazendo fila para prestar suas homenagens do lado de fora do principal teatro de ópera da cidade, onde permaneceu o caixão de Zakharchenko.

“Eu estou aqui porque eu realmente o respeitava. Ele fez de tudo pelas pessoas… uma pessoa boa se foi”, disse Anna, uma das tantas pessoas na multidão, em meio às lágrimas.

Uma mulher que se descreveu como a ex-vizinha de Zakharchenko, Natalya, também estava chorando.

“É uma pena, uma grande perda. Ele era tudo para nós… ele nos deixou lutando pelo seu país. Não há palavras”, disse Natalya.

“Nós não vamos perdoar isso”, acrescentou.

Seu caixão, envolto na bandeira da região separatista e na bandeira das tropas aéreas russas, uma divisão das forças armadas russas, foi levado para fora do teatro para aplausos silenciosos, segundo mostraram imagens.

Em seguida, ele foi colocado na ponta de uma grande arma de artilharia, e depois levado por um caminhão passando pelo meio da multidão.

“Eu não o conhecia pessoalmente, mas ele era um líder para todos nós”, disse Katya, uma jovem que compareceu ao funeral.

Pelo menos cinco outros líderes separatistas foram mortos em circunstâncias inexplicáveis, não relacionadas ao combate na linha de frente desde o início do conflito, em 2014, quando rebeldes apoiados por russos derrubaram o governo central ucraniano na região em uma revolta armada.

Um cessar-fogo mediado internacionalmente está em vigor desde 2015, interrompendo os combates em grande escala, mas surgem freqüentes explosões de tiros na linha de frente entre as forças separatistas e as forças ucranianas. 

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