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Em evento com evangélicos, Haddad sinaliza que deixará “temas sensíveis” para Congresso

SÃO PAULO (Reuters) – O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, sinalizou nesta terça-feira que deixará “temas sensíveis”, como aborto e descriminalização das drogas, para o Congresso e disse que o Executivo deve respeitar os valores das pessoas.

“O Poder Executivo tem limitações que devem ser respeitadas. Um presidente não pode ser eleito para impor o seu ponto de vista sobre as coisas”, afirmou Haddad durante um encontro com lideranças evangélicas em São Paulo.

Segundo o petista, houve um amadurecimento em torno destes temas relevantes e o “Executivo tem que ter a sabedoria de respeitar os valores das pessoas e garantir que esses valores possam ser expressados”.

“O presidente não pode tudo e uma das coisas que ele não pode é impor valores, quaisquer que sejam. Ele tem que efetivamente criar as condições para que a sociedade discuta, se aprimore, se desenvolva e que abrace os melhores valores e melhores princípios”, disse o candidato.

Haddad, que se apresentou como cristão e neto de um líder religioso libanês, recebeu de representantes de igrejas presentes cartas que oficializaram o apoio à candidatura.

Antes do início do encontro, o PT divulgou nas redes sociais uma carta de Haddad ao povo evangélico, na qual diz que, para chegar aos segundo turno, teve de superar uma campanha baseada em mentiras, preconceitos e especulações.

Na carta, que traz versículos bíblicos, e em sua fala à plateia de religiosos, Haddad disse que é preciso combater a mentira e afastou boatos plantados contra sua candidatura, dizendo que essa estratégia é usada contra o PT há muitos anos.

“Esses boatos, rumores, atravessaram uma arena em que não é possível debater, não é possível discutir e muitas vezes a Justiça demora a acontecer, porque nem o TSE tem os mecanismos para conter essa onda difamatória que está sendo feita nas redes sociais”, disse Haddad.

AMAZÔNIA

Haddad disse que, caso seu adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL), seja eleito, será o começo do fim da Amazônia.

“Todos os especialistas em meio ambiente dizem que o meu adversário tem uma proposta que compromete a sustentabilidade da Amazônia”, afirmou Haddad

“Não tem nenhum compromisso com os protocolos assumidos pelo Brasil, no ponto de vista da sustentabilidade. As metas acordadas pelo Brasil ele já disse que não vai cumprir e ele está fazendo um acordo com a pior parte do agronegócio”, disse Haddad sobre seu adversário.

O programa do PT, segundo ele, está muito bem posicionado com relação ao meio ambiente e sua proposta para a Amazônia é atingir o desmatamento zero por meio da regulação da terra.

(Por Laís Martins)

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