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Eletropaulo estuda emissão de US$500 mi em títulos no exterior

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) – A distribuidora de energia elétrica Eletropaulo, responsável pelo fornecimento na região metropolitana de São Paulo, estuda uma captação de até 500 milhões de dólares por meio de uma operação que envolveria a emissão de títulos no exterior, segundo documento visto pela Reuters.

Pelo negócio, a Eletropaulo criaria uma subsidiária integral no exterior para emitir os títulos. Os recursos obtidos na transação seriam então utilizados por essa empresa para comprar debêntures de infraestrutura a serem emitidas pela distribuidora no Brasil.

“Uma vez capitalizada, a Eletropaulo pretende então aplicar tais recursos em investimentos no negócio de distribuição… Além de serem usados para pagamento de dívidas com garantia, que financiaram investimentos de anos anteriores”, disse a empresa em carta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na qual pede autorização para constituir a subsidiária fora do país.

No documento, a Eletropaulo afirmou que existe uma “janela de oportunidade” para empresas brasileiras captarem recursos no exterior com baixos custos no primeiro trimestre, que poderá fechar mais adiante devido a uma esperada volatilidade relacionada à realização de eleições presidenciais no país, em outubro.

Procurada pela Reuters, a Eletropaulo disse que, em linha com seu plano estratégico, “analisa alternativas disponíveis para o financiamento de suas atividades e compromissos no curso normal de seus negócios”.

“Não há, nesta data, qualquer definição quanto à efetiva realização de uma transação”, adicionou a elétrica, em nota.

No documento enviado à Aneel, a Eletropaulo disse que a captação geraria uma oportunidade de liquidar antecipadamente dívidas, principalmente as com prazos mais curtos e custos mais altos, o que “teria potencial de reduzir as amortizações previstas até 2019 em cerca de 1 bilhão de reais”.

A Eletropaulo é a maior distribuidora de energia do Brasil em receita e em volumes de eletricidade movimentados, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A empresa tem como principais acionistas a norte-americana AES, com 17 por cento, e o braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar, com quase 19 por cento.

Os americanos da AES, no entanto, já sinalizaram que avaliam vender sua fatia na companhia, possivelmente por meio de uma oferta secundária.

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