Luciana Siqueira estava no cargo desde 2020, mas não resistiu às denúncias de assédio moral de servidores do Ministério da Cidadania
Acusada de ameaçar funcionários depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial, a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda, foi exonerada do cargo. A decisão assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial da União (DOU), mas é referente ao dia 17 de novembro.
Luciana estava no cargo desde 2020, mas não resistiu às denúncias de servidores do Ministério da Cidadania, que fizeram com que a secretária fosse investigada por assédio moral. De acordo com os funcionários, a mulher fez comentários em tons ameaçadores a quem não votou no presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição deste ano.
As ameaças
A GloboNews divulgou que Luciana convocou uma reunião com cerca de 30 servidores – outros 10 participaram de forma on-line — em 31 de outubro, após a derrota de Bolsonaro no segundo turno da eleição. No encontro, ela teria dito “saber exatamente quem não votou no presidente, que essas pessoas pagarão pela Justiça divina, que Deus punirá a cada um que não souber ser fiel”.
Segundo a denúncia, a secretária também “reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou à traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus. E disse a todos que vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu”.