Liberal e petista têm 41% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, divulgada em abril, Lula vencia todos os outros concorrentes e empatava somente com Bolsonaro
Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que, em um eventual segundo turno nas eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria com pelo menos cinco possíveis candidatos à Presidência da República: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD), Eduardo Leite (PSD) e Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. A sondagem ouviu 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho.
No levantamento anterior, divulgado em abril, Lula vencia todos os outros concorrentes e empatava somente com o ex-presidente Bolsonaro. Desta vez, o petista e o liberal têm 41% – a margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Em uma eventual disputa com Tarcísio, Lula ficaria com 41%, contra 40%. O empate dentro da margem de erro também ocorreria contra a ex-primeira-dama Michelle. Ela teria 39%, e Lula, 43%.
Em um eventual segundo turno com o governador do Paraná, Lula teria 40% dos votos, empatando tecnicamente com os 38% apontados pela pesquisa Quaest. Contra o governador do Rio Grande do Sul, o atual mandatário também receberia 40% do apoio das urnas, contra 36%.
O cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, avaliou que, pela primeira vez, a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. “Todos aparecem crescendo ou já empatados na margem com Lula. Vale mencionar o desempenho do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, testado pela primeira vez entre os possíveis candidatos, e que teria 36% contra 40% de Lula”, afirmou em publicação no X.
Na quarta-feira (4), a terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest em 2025 apontou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 40% aprovam – são os piores resultados deste mandato. Os dados mostram alta desaprovação, mas estabilidade: em relação à sondagem anterior, a parcela que não aprova o governo do petista oscilou um ponto percentual para cima – de 56% para 57%. A aprovação caiu o mesmo percentual – de 41% para 40%.
Em relação à economia, a perspectiva é positiva: caiu de 56% para 48% a parcela dos brasileiros que veem piora na economia. Também melhorou a percepção sobre alta de preços de alimentos (caiu de 88% para 79%) e de combustíveis (passou de 70% para 54%).