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‘PSDB 2.0’ quer recuperar espaço perdido para Novo e PSL

Para Marco Vinholi, novo presidente do PSDB paulista, o partido precisa assumir uma agenda liberal para recuperar espaços na política atualmente ocupados por outras legendas, como PSL e Novo. Em entrevista a MONEY REPORT, Vinholi, que também é secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, explica qual será o foco da sua gestão à frente do PSDB, defende uma guinada liberal e um combate sistemático a casos de corrupção no partido, que possui entre seus filiados o deputado Aécio Neves e o ex-governador do Paraná Beto Richa, ambos investigados pela Justiça. “Quem não cumprir regras, sofrerá sanções”, afirma Vinholi. A seguir sua entrevista. 

Qual será o foco da sua gestão à frente do PSDB?

É necessário passar à sociedade a imagem de que somos uma instituição com legado histórico. Quero um PSDB que valorize isso, que tenha coragem de olhar para frente, assumir novas bandeiras, modernizar sua gestão interna. Pretendo melhorar a relação com os filiados. Será um ‘PSDB 2.0’, com um sistemático combate ético e moral a casos de corrupção. Integrantes da legenda que cometerem infrações sofrerão sanções adequadas. 

Isso resultará na expulsão de alguns envolvidos em casos de corrupção, como o deputado Aécio Neves e o ex-governador do Paraná Beto Richa?

Não quero ‘fulanizar’ o debate. Nosso objetivo é tomar medidas que afetam desde o nome mais importante do partido até o filiado no interior dos estados. As regras serão cumpridas por todos.

Integrantes do PSDB dizem que a permanência de Aécio e Richa no partido está insustentável.

Vamos fazer um combate moral e ético sem apontar o dedo para A ou B. Quem não cumprir regras, sofrerá sanções.

O PSDB perdeu espaço para partidos liberais como Novo e PSL. Quais serão as estratégias dos tucanos para recuperar o eleitorado?

Isso é um ponto fundamental que você tocou. No Brasil, somos a legenda do liberalismo econômico. O PSDB, na realidade, é o grande partido das privatizações do Brasil. Sobre estratégias que você falou, vamos assumir e empunhar cada vez mais nossa vertente liberal. Entendemos que o Estado tem obrigação de fazer uma política social forte, mas que gere empregos. 

Mas o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, por exemplo, na campanha eleitoral para presidência da República, em 2018, pouco falou sobre privatizações.

De fato. Mas temos um legado de privatizações. Fernando Henrique Cardoso, quando presidente, comandou privatizações como o sistema de telefonia e estradas. Passando por sucessivos governos em São Paulo, fomos nós que fizemos uma gestão mais liberal. Veja que o atual governador de São Paulo, João Doria, é um liberal.

João Doria sairá como candidato à Presidência pelo PSDB em 2022?

(risos) O Doria está fazendo um excelente trabalho à frente do governo de São Paulo. Trabalha dia e noite no Palácio dos Bandeirantes, focado totalmente na gestão paulista.

Mas, quando prefeito, Doria se dizia focado na gestão do município e o deixou para disputar o governo de São Paulo.

Olha, fazendo uma análise política do cenário, Doria se tornou um meteoro da política brasileira desde que foi eleito prefeito de São Paulo. Ser governador hoje é consequência disso. Mas na agenda dele não existe nenhum tipo de articulação que não seja para governar o estado. Penso que ele tem o protagonismo que um governador da maior economia do país deve ter.

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