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PF pede inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol

Diretor-geral da PF, Andrei Passos, confirma envio de solicitação com base na ordem de prisão preventiva expedida pelo ministro Alexandre de Moraes. Interpol deve agora avaliar o pedido

A Polícia Federal enviou à Interpol, nesta quarta-feira (4), um pedido formal para inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, o alerta internacional utilizado para localizar e prender foragidos no exterior.

A solicitação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, delegado Andrei Passos, que integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem oficial a Paris, na França.

O pedido foi encaminhado por volta das 17h à sede da Interpol em Lyon e tem como base a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva da parlamentar.

Agora, cabe à Interpol analisar o pedido e decidir sobre a emissão do alerta internacional.

A organização policial internacional é atualmente comandada por um brasileiro: o delegado Valdecy Urquiza, da própria Polícia Federal. Ele é o primeiro representante do Brasil — e de um país em desenvolvimento — a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol, em mais de um século de existência da instituição.

Bloqueios de Moraes

A decisão de Moraes também determinou o bloqueio de perfis em redes sociais da deputada, de sua mãe, Rita Luzia Zambelli Salgado, e de seu filho, João Hélio Salgado Neto. Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e YouTube já estão fora do ar, mas até o momento da publicação, perfis no Gettr e no Telegram continuavam ativos — contrariando a ordem judicial, que prevê multa diária de R$ 100 mil por descumprimento.

A decisão judicial foi emitida às 11h da quarta-feira (4), dando duas horas para o bloqueio de 11 perfis e solicitando a preservação integral dos dados e conteúdos publicados. A assessoria de Zambelli confirmou que as redes foram desativadas por ordem do STF.

Além disso, Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias, veículos e passaportes em nome da parlamentar. A deputada também arrecadou cerca de R$ 285 mil via Pix, pedindo doações a apoiadores pouco antes de deixar o país.

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato pela Primeira Turma do STF no último dia 14 de maio. Ela é acusada de ter planejado, com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir decisões judiciais falsas — entre elas, um mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o magistrado, a parlamentar usou sua condição de deputada para cometer crimes, desacreditar o Poder Judiciário e atacar a democracia. Moraes justificou a prisão preventiva afirmando que Zambelli continua propagando desinformação e reiterando as práticas criminosas mesmo após a condenação.


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