Ex-candidato à Presidência e sócio são investigados por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e apropriação indébita
A Polícia Federal (PF) em São Paulo realiza nesta quarta-feira (5) uma operação que apura crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro ocorridas durante o pleito eleitoral do ano passado. Um dos alvos é o coach Pablo Marçal, que foi pré-candidato do PROS à Presidência da República. Após conflitos internos na legenda, ele mudou o registro da candidatura para deputado federal.
Segundo a PF, Marçal e seu sócio operaram doações milionárias às campanhas, sendo que boa parte dos valores foi remetido posteriormente às empresas das quais são donos. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas sedes das empresas supostamente envolvidas.
No pleito de 2022, Marçal declarou ter um patrimônio de quase R$ 17 milhões à Justiça Eleitoral. Quando se filiou ao PROS, ele sinalizava a intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas o partido oficializou o nome dele ao Palácio do Planalto em maio, durante um evento na Arena Barueri. A candidatura, porém, foi retirada pelo partido em agosto. Após tentar derrubar a decisão partidária sem sucesso, Marçal passou a apoiar o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).