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Ofensas e baixaria são o novo normal dos debates – até quando?

Encontro organizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV/Uol reuniu os prefeituráveis de SP que reproduziram o lado B do jogo eleitoral – já esperado por todos

Bastaram poucos minutos do debate realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV/Uol para o eleitor reviver cenas de ofensas, gritos e baixaria entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O primeiro encontro após a cadeirada do apresentador José Luiz Datena (PSDB) no empresário Pablo Marçal (PRTB) quase perdeu o rumo ainda no primeiro bloco e, com uma chuva de direitos de resposta por acusações sem provas, foi apaziguado pela mediadora Amanda Klein.

Marçal voltou a dizer que Datena “não é homem”, argumentando que o comportamento do apresentador é o de um “orangotango”. “Não vou cair na sua provocação. Eu não bato em covarde duas vezes. Covarde, apanha uma vez só”, respondeu Datena. Em paralelo, o influenciador e o atual mandatário Ricarno Nunes (MDB) discutiram aos gritos fora dos microfones, ignorando alertas da mediadora e sendo advertidos pela má conduta.

Com a tensão descarregada no início, os candidatos colocaram em prática seus roteiros. No entanto, apenas reproduziram o lado B dos respecivos horários eleitorais. Peguntas, respostas, réplicas e tréplicas foram usadas na tentativa de encurralar os adversários nas mais variadas searas criminais.

O “novo normal” dos debates é um desafio para os poucos (e importantes) encontros que restam até 6 de outubro. Assessorias, partidos e até os próprios veículos de imprensa sabem o que está por vir e a única ferramenta disponível, no momento, é a edição das regras – tão engessadas e passíveis de serem quebradas.

A legislação não obriga o convite a Marçal. Pontua apenas que os partidos que têm representação mínima no Congresso precisam estar representados – o que não é o caso do PRTB. Se os demais prefeituráveis optarem por não comparecer a um debate com Marçal, ele não estaria. No entanto, isso poderia ser um tiro no pé.

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