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O crime de ódio do ex-assessor de segurança de Obama

MONEY REPORT escolheu como Imagem da Semana as gravações que captam Stuart Seldowitz (64), ex-assessor de Barack Obama, assediando repetidas vezes no mesmo dia Mohamed Hussein (24), um egípcio vendedor ambulante de lanches halal em Manhattan, entre a Rua 83e a 2ª Avenida. Seldowitz foi do Departamento de Estado dos EUA, atuando no Gabinete de Assuntos Israelenses e Palestinos. Hoje fora do governo, seu ápice foi como diretor do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, durante a administração de Barack Obama (2009-2017).

O vídeo foi gravado a partir da carrocinha de lanches e por testemunhas. Seldowitz provoca o comerciante, chamando-o de “terrorista” e que “se matarmos 4 mil crianças palestinas não foi o suficiente”. Ele chama o vendedor de “ignorante”, insinua que sua família poderia ser torturada pela Mukhabarat, a violenta polícia secreta egípcia, e faz comentários inflamados sobre o profeta Maomé (“Você estuprou sua filha, como Maomé fez?”) e o Alcorão, o livro sagrado do Islã. Seldowitz também o ameaçou de deportação e insultou o imigrante por não falar inglês corretamente. Em mais de uma ocasião a vítima pede para ser deixada em paz.

O comerciante fez uma denúncia à polícia e disse estar com medo e irritado após os comentários islamofóbicos. Ao tabloide New York Post, disse que pretende processar Seldowitz.

O ex-assessor foi preso na noite de quarta-feira (22) e deve responder por racismo e crime de ódio. Em defesa, disse à polícia que proferiu as ofensas depois que o comerciante demonstrou apoio ao Hamas, o grupo terrorista palestino. Não há registro e Hussein nega. O ataque ocorreu em meio às tensões da guerra Israel-Hamas, que se iniciou com o grande atentado terrorista de 7 de outubro.

Diante das complicações judiciais que terá pela frente, Seldowitz afirmou: “No calor do momento, falei coisas que provavelmente não deveria ter dito.” Tarde demais.

Ex-presidente de relações exteriores da Gotham Government Relations, agência de lobby, campanhas e comunicação, suas ações foram consideradas, em comunicado divulgado na terça-feira (21): “vis, racistas e abaixo da dignidade dos padrões que praticamos”.

David Schwartz, fundador e presidente da Gotham, disse que Seldowitz não fazia nenhum trabalho para a empresa há cerca de cinco anos e que seu título era meramente honorífico. À BBC, Schwartz afirmou: “Cortamos todos os laços com ele”. Ao site City and State New York, foi além: “Representarei pro bono o vendedor de alimentos se ele quiser abrir um processo contra Stuart Seldowitz”.

Ex-assessor de Obama sendo preso por ofender ambulante muçulmano

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