Marcos Antonio Amaro dos Santos substitui o general Marco Edson Gonçalves Dias, que pediu demissão em abril
O presidente Lula deu posse ao general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos como novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em cerimônia fechada nesta quinta-feira (4). Amaro, que cuidou da segurança da ex-presidente Dilma Rousseff, substitui o general Marco Edson Gonçalves Dias, que pediu demissão em abril.
Dias deixou o caro após a divulgação de um vídeo em que aparece no Palácio do Planalto no dia das invasões golpistas de 8 de janeiro. As imagens mostram o então ministro e funcionários do GSI circulando entre os invasores.
A escolha de Amaro para o cargo foi uma imposição de Lula sobre integrantes mais à esquerda do PT, que pressionavam por um civil.
Um dos pontos centrais da gestão de Amaro no GSI será o retorno ou não da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à alçada da pasta. Após os ataques golpistas contra as sedes dos Três Poderes, Lula retirou a Abin das mãos do GSI, em um processo que busca diminuir a influência de militares nas instâncias ministeriais.
Quem é Amaro?
Marcos Antonio Amaro dos Santos, 66 anos, ingressou na carreira militar em 1974. Promovido a general em 2010, ele assumiu, em seguida, a Secretaria de Segurança Presidencial do governo Dilma Rousseff (PT), tendo sido responsável direto pela segurança da ex-presidente durante cinco anos.
Ele foi também ministro-chefe da Casa Militar, órgão que substituiu o GSI durante o governo Dilma. Amaro ficou na pasta até o impeachment sofrido por Rousseff, em 2016.
Em abril de 2020, já sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Amaro foi promovido a chefe do estado-maior do Exército, cargo que ocupou até ser transferido para a reserva, em maio de 2022. Ele chegou a ser cogitado para assumir o comando do Exército durante o governo anterior, mas acabou preterido.
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