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Latino nos EUA de Trump, nem eleito senador

O ambiente de truculência no trato com latinos nos Estados Unidos atingiu o ápice na quinta-feira (12), quando o senador democrata pela Califórnia Alex Padilla foi expulso, imobilizado no chão e algemado após tentar fazer uma pergunta à secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, sobre a escalada de violência entre a população e as autoridades.

A coletiva de imprensa ocorria na sede do FBI, em Los Angeles. Noem comanda as ações agressivas do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês). O senador estava no prédio para uma reunião, soube da coletiva e foi fazer se trabalho. Ao se aproximar para um questionamento, foi empurrado para fora. Ele tentou se identificar, se explicar e nada, apesar dos apelos de alguns presentes. Noem o ignorou.

Primeiro hispânico senador pela Califórnia, ex- secretário de estado da California (uma espécie de supersecretário) e primeiro latino e o mais jovem presidente do conselho municipal de Los Angeles, o democrata é um engenheiro de software e ex-membro do conselho de administração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o prestigiado MIT. Ele fez começou na política ajudando a derrotar uma medida que tentava proibir imigrantes ilegais de acesso a qualquer serviço público, incluindo educação básica para os filhos.

Padilla não foi detido após sua identidade ser confirmada ainda no prédio. Porém, os agentes do FBI afirmaram que ele não estava devidamente identificado, apesar de sua tentativas e dos avisos presentes. Pelas redes sociais, ele criticou: “Se é assim que este governo responde a um senador com uma pergunta, se é assim que o Departamento de Segurança Interna trata um senador, dá para imaginar o que estão fazendo com trabalhadores rurais, cozinheiros, diaristas aqui em Los Angeles, na Califórnia e em todo o país.”

O que aconteceu

Secretária de segurança interna, Kristi Noem, ex-governadora e ex-deputada pela Dakota do Sul, comentou: "Gostaria que ele tivesse se identificado e nos informado quem era e que queria conversar. A abordagem dele não me pareceu adequada”. Não é o que mostra o vídeo.

O episódio só acirrou os ânimos, que já estavam quentes desde que o governo Trump federalizou a convocação da Guarda Nacional (atribuição do governador, um democrata) e acionou guarnições do fuzileiros navais. Na mesma noite, Padilla participou de um reunião com autoridades locais e a polícia de Los Angeles para manter a paz na ruas, por onde circulam militares. Os senadores democratas prometem retaliar. 

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