Um dos diferenciais é a possibilidade de o usuário consultar trajetos envolvendo lugares com deslocamento hidroviário
O IBGE disponibiliza a partir desta terça-feira (6) a base de referência de distâncias rodoviárias, hidroviárias e aéreas. O produto apresenta rotas, distâncias e tempos de deslocamento estimados entre municípios brasileiros, de acordo com as conexões intermunicipais presentes na pesquisa Regiões de Influência das Cidades 2018 (REGIC 2018).
Essas informações podem ser acessadas em um módulo da Plataforma Geográfica Interativa (PGI). Trata-se de um painel interativo que permite buscar, por município, rotas rodoviárias, hidroviárias ou aéreas para outros municípios do país entre as 71 mil ligações intermunicipais da REGIC 2018.
Diferentemente de outros recursos digitais de geolocalização que fazem parte do dia a dia das pessoas, esta base de referência não se destina ao usuário comum. Seu público-alvo é integrado, principalmente, por usuários que trabalham com um grande volume de dados de rotas, além de pesquisadores de políticas públicas de acessibilidade e acadêmicos em geral.
A base de referência de distâncias rodoviárias, hidroviárias e aéreas é uma alternativa para comparação da acessibilidade geográfica entre os municípios do Brasil. O conjunto de informações contido na plataforma é oferecido a partir de um mesmo critério para cada modal. Além de apresentar rotas, distâncias e tempos de deslocamento, o produto tem como um de seus diferenciais a possibilidade de calcular distâncias hidrográficas, incluindo os municípios amazônicos onde o transporte hidroviário é predominante. Essas localidades frequentemente não estão cobertas por rotas e estimativas de distância e tempo em outras ferramentas digitais.
“Essa base de referência, no entanto, não substitui outras plataformas de consulta de rotas, pois os trajetos mostrados por ela são apenas entre sedes municipais, ou seja, não há busca por endereço. Os caminhos são os mais curtos entre o par de municípios conectados, segundo o modelo aplicado”, explica Bruno Hidalgo, gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE.