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Há seis tipos de eleitor: qual é o seu?

Somos cerca de 220 milhões de brasileiros, dos quais mais de 156 milhões estão aptos para votar em 2 de outubro. Em uma época de polarização, muitos acreditam que há em torno de 78 milhões para cada lado, com ligeira vantagem para um dos principais candidatos. Isso, porém, está longe de ser verdadeiro. Há uma polarização em torno de Jair Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva, é verdade, mas isso não quer dizer necessariamente que tenhamos duas massas numericamente parecidas de apoiadores.

Pode-se dizer que há dezenas de tipos de eleitor, cruzando as inúmeras informações que temos à disposição, usando dados econômicos, geográficos e até de costumes. Mas, para tornar a discussão mais simples, vamos ficar em seis categorias de sufragistas.

Há eleitores que se pautam pela emoção e pela fé em seus candidatos. Outros, no entanto, são extremamente racionais para justificar suas escolhas – mas agem apaixonadamente quando defendem seus pontos de vista. Existem também aqueles que se comportam de forma blasé e evitam discussões, sendo politizados ou não.

ALIENADOS – São aquelas pessoas que não gostam de política e não se importam com quem seja o presidente. Esses eleitores podem faltar às eleições, votar em branco ou mesmo atender a um pedido para apertar um determinado número na cabine eleitoral. Caso o voto não fosse obrigatório, não se dariam ao trabalho de sair de casa em dia de eleição.

DESANIMADOS – Esses podem ser enquadrados como os “nem-nem” e não devem votar em Lula ou em Bolsonaro. No dia 2 de outubro, vão optar por algum nome da Terceira Via, mas também podem escolher a tecla do voto em branco ou nulo. Têm a capacidade de fazer discursos extremamente críticos em relação aos principais nomes desta campanha, mas adotam um perfil baixo, pois não querem briga com apoiadores dos líderes das pesquisas.

Há ainda dois grupos de eleitores que apoiam seus candidatos com emoção e se identificam com o discurso e com o comportamento de seus líderes, justificando absolutamente todas suas ações. Para essas pessoas, até os erros dos candidatos são vistos como acertos.

BOLSONARISTAS – São eleitores de direita, que ficaram muito tempo submersos e não apareciam em discussões ou debates na época e que a política era dominada pelo PT e pelo PSDB. Comungam os valores do presidente Bolsonaro e são defensores enérgicos do conservadorismo. São fãs dos lacres do mandatário, acham as pesquisas eleitorais mentirosas e não confiam nem um pingo nas urnas eletrônicas. Nem todos são reacionários, mas carregam dentro de si uma revolta contra a imprensa, o establishment e as autoridades que tornam a vida de Bolsonaro mais difícil, como o Supremo Tribunal Federal.

LULISTAS – Podem ser classificados como petistas ou militantes de esquerda. Mas este grupo também congrega simpatizantes do socialismo e da social-democracia. Acham que Lula foi vítima de uma perseguição e acreditam piamente em sua inocência. Portanto, símbolos da Operação Lava-Jato como Sergio Moro e Deltan Dallagnol são detestados. Esses eleitores, ainda, são anti-bolsonaristas por definição e enchem a boca para chamar seus adversários de “fascistas”.

Por fim, temos duas categorias de eleitores que optaram por um dos lados mais fortes por puro pragmatismo. Não são exatamente apoiadores de primeira hora de Lula ou Bolsonaro, mas tomaram suas decisões eleitorais por ojeriza total ao outro lado. Esses eleitores, ainda, encontram justificativas lógicas para explicar o chamado lado B de seus candidatos.

BOLSONARISTAS RACIONAIS – Não são exatamente fãs do presidente e reconhecem muitos erros na condução desta campanha de 2022. Mas defendem o capitalismo e não se sentem capazes de votar em Lula, que prega uma série de ações nas quais o Estado seria protagonista em seu governo. Além disso, esses cidadãos não acreditam na inocência do petista e não se conformaram com a anulação do processo que era movido contra o ex-presidente. Encontram justificativas para o comportamento de Bolsonaro e podem ser classificados como antilulistas. Provavelmente votariam em outro candidato que tivesse condições de derrotar o PT nas urnas.

LULISTAS RACIONAIS – São muitos eleitores de centro, incluindo tucanos, que não toleram o discurso de Bolsonaro, com citações politicamente incorretas e exaltações aos tempos antidemocráticos do governo militar. Esses brasileiros consideram Lula um mal menor e preferem um governo com pitadas socialistas à manutenção da atual administração. O eventual lado B de Lula também é justificado de forma que busca ser sensata e coerente. Podem ser classificados mais como um grupo anti-Bolsonaro do que pró-Lula.

Não importa se você não se identificar com esses seis principais grupos, se for de esquerda ou de direita ou for um eleitor racional ou emocional. No dia 2, esteja em sua seção eleitoral. E, de preferência, escolha um número e confirme.

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