Para a total ausência de surpresa de qualquer um que deixou de cair nas teorias conspiratórias sobre as fraudes nas urnas eletrônicas, a Fake da Semana de MONEY REPORT trata de um caso antigo virado em crime. Foram encontradas provas que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, participou ativamente da campanha contra o resultado das eleições.
Reconvocado à Polícia Federal (PF) na condição de delator, ele esclareceu pontos em aberto sobre o que foi dito por outros depoentes, que foram na condição de testemunhas da trama da intentona golpista. Já Cid é indiciado no caso da falsificação do atestado de vacinação da ex-família presidencial e no escândalo das joias árabes. Mesmo delatando, deve se complicar nesse capítulo.
Cid confirmou que trocou mensagens com o também tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere Medeiros sobre a disseminação de uma nota falsa sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e o resultado do primeiro turno. O diálogo via WhatsApp ocorreu em 7 de novembro, uma semana após o segundo turno, e foi identificado pela Polícia Federal (PF) no seu aparelho celular. A divulgação do conteúdo ocorreu nesta sexta (15), após o relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STJ), Alexandre de Moraes, ter retirado o sigilo dos depoimentos dos militares que foram à PF na condição de testemunhas e de colaboradores.
A PF informou que Cavalieri encaminhou a Cid áudios produzidos por “hackers do interior de São Paulo” que denunciavam a inclusão de mais de 2 milhões de votos no sistema eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as 18 horas de 31 de outubro, quando a votação já havia se encerrado. Essa quantidade teria dado a vitória para Lula. O petista conseguiu 60,1 milhões de votos, enquanto o ex-presidente obteve 58 milhões.
É aí que vem a prova da mutreta dentro do gabinete presidencial. Mauro Cid respondeu a Cavalieri: “Foi nosso pessoal quem fez…hahahahaha”. A PF afirmou que “as descobertas, na verdade, eram fabricadas de forma dolosa para propagar fraudes inexistentes nas urnas eletrônicas”.
