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Federação pode desbancar PL no Congresso

Especialistas consultados pela Arko Advice alertam que articulação entre PP, União Brasil e Avante pode desequilibrar correlação de forças na Câmara

Após a definição das presidências da Câmara e Senado, o União Brasil e retomou as negociações com o PP para tirar o papel o projeto de federação – agora, com o Avante no radar. Caso o arranjo seja concretizado, o grupo terá a maior bancada da Casa, totalizando 113 deputados. Caso a proposta ganhe força e seja concretizada, a federação teria prioridade nas indicações das comissões, desbancando o PL que tem 99 deputados. Além disso, a união de siglas teria poder suficiente para barganhar cargos em troca de apoio ao governo.

A articulação foi ponderada por especialistas políticos consultados pela Arko Advice. Eles defendem que a junção de três diferentes partidos geraria problemas únicos durante dois pleitos (2024 e 2026). Atualmente, as conversas giram em torno da distribuição das presidências dos diretórios regionais, disputadas pelos correligionários. Os critérios a respeito dessa divisão ainda não estão estabelecidos e cada um defende o que melhor lhe convém, ou seja, sem consenso sobre o tema.

Mesmo com o União Brasil ocupando duas cadeiras ministeriais (Daniela do Waguinho, no Turismo, e Juscelino Filho, nas Comunicações), a intenção é pleitear mais espaço no governo e acomodar indicados no segundo e terceiro escalão do Palácio do Planalto. Ao todo, nove partidos indicaram ministros ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 10 pastas são ocupadas por petistas.

Nos bastidores, o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar (PE) e o líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), defendem que o processo de federação seja concluído rapidamente. Do lado do PP, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), reconduzido ao principal cargo da Mesa Diretora com votação recorde na semana passada, também é entusiasta da iniciativa.

A criação do grupo daria uma roupagem diferente ao partido do Centrão, que tem como presidente o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). Caso o grupo venha a aderir ao governo, Ciro não poderia ser responsabilizado por traição, já que a comunhão de bens inclui dividir todos os ônus e bônus da relação.

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