MONEY REPORT escolheu como sua Imagem da Semana o frame de vídeo que mostra Lula e Alckmin durante a execução de “A Internacional”, na abertura do 15º Congresso Constituinte do PSB, nesta quinta-feira (29). O ex-governador, de trajetória ligada ao conservadorismo e um católico fervoroso, não cantou o hino, que é símbolo tanto de comunistas, socialistas e anarquistas, quanto de sociais-democratas mais empedernidos – é bom lembrar. Bom moço, Alckmin aplaudiu a letra que exalta a tomada de poder por meio da luta de classes sem corar. Em compensação, nenhum dos presentes no palanque ergueu o braço esquerdo em ângulo de 90 graus com o punho cerrado, de acordo com a tradição revolucionária raiz. E nem a versão atual ofende escrúpulos cristãos como a primeira letra, composta em 1888 pelo operário anarquista Pierre Degeyter: “Messias, deus, chefes supremos”. No lugar vale hoje o mais recatado: “Senhores, patrões, chefes supremos”.
No evento, Alckmin falou sobre sua união inusitada com Lula. “Nos defrontamos em eleições, disputamos o mesmo cargo, o fizemos dentro da regra democrática. Hoje, estamos unidos por um dever. A política é olhar o interesse público, o interesse das pessoas, é mudar o Brasil. Recuperarmos esse país”, afirmou. O bordão da campanha será “Lula e Alckmin lá”. Já existem versões gaiatas: “Lula lá, tucano sempre aqui”, “Lula lá, Geraldo aqui, Jair acolá”, “Lula lá, Geraldo aqui, Doria onde?”
