Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Entenda a exclusão de Taiwan na agenda da OMS

Para Benito Liao, representante do Escritório do país no Brasil, ausência representa grave erro da organização mundial, que ignora os interesses dos taiwaneses

Um impasse diplomático envolvendo Taiwan e sua participação em organismos internacionais tem ganhado destaque. Apesar de sua soberania, Taiwan enfrenta oposição da China, que a considera parte de seu território e impede sua participação em organizações internacionais, incluindo a Assembleia Mundial da Saúde, o principal órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 2017, após a eleição da ex-presidente Tsai Ing-wen, Taiwan foi bloqueada pela China de participar da Assembleia Mundial da Saúde. Este bloqueio gerou diversas críticas e chamados para que Taiwan fosse incluída como observadora na reunião que discute questões cruciais de saúde pública globalmente.

Em uma declaração conjunta emitida por países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha e Japão, foi solicitado que Taiwan recebesse permissão para participar da 77ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde como observadora. Estes países argumentam que a inclusão de Taiwan contribuiria para uma abordagem de saúde mais inclusiva e global, enfatizando o compromisso com a cooperação internacional em saúde.

Apesar da importância do evento para a promoção da saúde global, a ausência de Taiwan na lista de convidados tem gerado insatisfação. A ilha, com uma população de 23 milhões de pessoas, não foi convidada oficialmente a participar da assembleia, uma decisão atribuída a considerações políticas. Benito Liao, representante do Escritório de Taiwan no Brasil, afirmou que a ausência representa um grave erro da OMS, ignorando os interesses de saúde dos taiwaneses. Ele ressaltou que Taiwan tem sido um parceiro confiável e comprometido na defesa do direito universal à saúde em todas as partes do mundo.

“Esta ausência é resultado de considerações políticas e representa grave erro. Em linhas gerais e, infelizmente, significa que os interesses do segmento da Saúde de 23 milhões de taiwaneses estão sendo ignorados, solenemente, pela OMS. Taiwan tem sido parceiro confiável e comprometido na defesa do direito universal à Saúde em todas as partes do mundo. Suas contribuições para a segurança mundial da Saúde e para a promoção dos Direitos Humanos relacionados à Saúde são inegáveis e valiosas. Portanto, é necessário e indispensável que a OMS e outras partes relevantes neste contexto reconheçam, plenamente, essas colaborações e tomem medidas imediatas para corrigir esta exclusão injusta de nossa nação na Assembleia Mundial de Saúde, que já se avizinha”, firmou Liao.

O Ministério das Relações Exteriores da China manteve uma postura firme, declarando que enquanto o governo de Taiwan não reconhecer a política de “uma só China”, não existe base política para sua participação em eventos e organismos internacionais. Esta posição tem sido motivo de tensões, especialmente com a recente eleição de Lai Ching-te como presidente de Taiwan, considerado pela China um separatista.

A exclusão de Taiwan da Assembleia Mundial da Saúde não apenas afeta a própria ilha, mas também impacta a eficácia da gestão de saúde global. A pandemia demonstrou a importância de uma colaboração abrangente e inclusiva, onde cada região do mundo tem um papel crucial no compartilhamento de informações e recursos. Excluir Taiwan, que tem um sistema de saúde robusto, pode representar uma lacuna significativa na luta global contra pandemias futuras e desafios de saúde pública.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.