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Doleiro revela que propina era transportada até em meias elásticas

O doleiro Cláudio Barbosa, conhecido como Tony, revelou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, como a propina movimentada por ele era transportada sem deixar pistas. O dinheiro ilícito chegou a ser repassado aos clientes até em meias elásticas. “Os portadores carregam dinheiro na perna. Eles não carregam em mochila. Eles têm essas meias Lupo, põem para cima, e ali cabe R$ 250 mil em cada perna, em notas de R$ 100 e R$ 50. Então ele sai andando normalmente, não chama atenção. Não está com uma mochila nem com uma mala. Um segurança ia ao lado e outro atrás. Isso são procedimentos normais”, detalhou Tony.

Por que é importante

Tony e o também doleiro Vinícius Claret, mais conhecido como Juca Bala, fecharam acordo de delação premiada. Entre seus clientes, estavam o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, a construtora Odebrecht e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha

Quem ganha

A Justiça. O depoimento dos doleiros é fundamental para entender a origem do dinheiro e como a propina era movimentada

Quem perde

Os cofres públicos, que foram dilapidados por uma série de escândalos de corrupção

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