O vencimento de um grande volume de títulos prefixados fez a Dívida Pública Federal (DPF) ter uma diminuição significativa em abril. De acordo com o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26), a DPF caiu de R$ 5,24 trilhões em março para R$ 5,09 trilhões em abril – um recuo de 2,92%.
Essa queda, no entanto, é temporária e típica do primeiro mês de cada trimestre, quando se concentram os vencimentos de títulos prefixados (com juros definidos com antecedência). Segundo a nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado hoje, o estoque da DPF deve encerrar 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.
A dívida pública mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 2,7%, passando de R$ 4,98 trilhões em março para R$ 4,85 trilhões em abril. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 159,46 bilhões em títulos a mais do que emitiu. Foi o maior resgate líquido da história, parcialmente compensado pela apropriação de R$ 24,63 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública.
Em abril, o Tesouro emitiu R$ 173,4 bilhões, acima de R$ 150 bilhões pelo oitavo mês consecutivo. Os resgates somaram R$ 332,91 bilhões, impulsionados principalmente pela concentração de vencimentos de títulos prefixados. Esses vencimentos contribuíram para segurar temporariamente a alta da dívida pública.
(Agência Brasil)