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Capitã Cloroquina diz à CPI que Saúde apenas sugeriu medicamento ineficaz

Em seu depoimento à CPI da Pandemia, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro (imagem), conhecida como Capitã Cloroquina, afirmou nesta terça-feira (25) que a pasta não transformou remédios sem eficácia comprovada em política pública para a pandemia. Na sua opinião, o governo apenas criou uma norma técnica com doses seguras “off-label” para auxiliar médicos que optaram por indicar cloroquina e ivermectina em seus atendimentos.

Pinheiro foi questionada pelo senador e relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre os estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que descartaram o medicamento como possível tratamento a partir de maio de 2020. “A OMS falhou várias vezes”, afirmou ela. Entretanto, a cloroquina se tornou política pública e a afirmação da capitã não condiz com a verdade. A prova está na criação pelo Ministério da Saúde, sob a gestão de Eduardo Pazuello, do aplicativo TrateCov, para promover o medicamento. Lançado em 11 de janeiro em Manaus, a plataforma foi apresentada pela própria Mayra Pinheiro em evento público. Além disso, ela atuou na elaboração do kit covid, um pacote de medicamento ineficazes distribuídos pelo SUS e promovido pelo presidente Jair Bolsonaro em suas lives.

Confira as sugestões:

Presidente Jair Bolsonaro em uma de suas lives promovendo a cloroquina
Peça publicitária do Ministério da Saúde do aplicativo TrateCov: “opções terapêuticas”
Medicamentos sem comprovação distribuídos pelo SUS contra o novo coronavírus

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