O órgão especial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu aplicar uma pena de censura ao juiz federal Marcelo Bretas, que atua na Lava-Jato do Rio. Ele foi julgado por participação em eventos na companhia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). Por causa da punição, Bretas não poderá ganhar nenhuma promoção durante um ano. Por 12 votos a 1, os desembargadores consideraram que o juiz federal praticou autopromoção e superexposição de sua imagem. No entanto, o processo por atuação político-partidária foi arquivado, seguindo voto do relator, o desembargador Ivan Athié.
Os eventos que geraram o processo ocorreram em 15 de fevereiro. Bretas participou da inauguração de uma alça da Ponte Rio-Niterói e de um evento religioso na Praia de Botafogo, que contaram com a presença de Bolsonaro e Crivella. A ação contra o juiz federal foi protocolada pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), após pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).