O senador e vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta quarta-feira (26) um requerimento para convocar o presidente Jair Bolsonaro a depor na comissão. Há divergência entre os parlamentares, pois há quem defenda que a CPI não poderia convocar chefes de outros poderes, incluindo governadores e prefeitos.
Em 2012, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo obteve decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) para não depois na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Caso Cachoeira. O precedente de Perillo pode ser usado para blindar Bolsonaro diante de uma convocação.
Há um contrassenso em andamento. Os mesmos parlamentares da base aliada do governo que pedem a presença de governadores e prefeitos na CPI para amenizar os possíveis erros do governo federal na pandemia, desde o início se mostram contra a convocação do presidente da República.
O senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside a CPI, afirmou nesta quarta-feira (26) que descartará o pedido de convocação de Bolsonaro. Aziz também negou o pedido do senador Marcos Rogério (DEM-RO) para convocar o pastor Silas Malafaia, conhecido como conselheiro extraoficial do presidente.
Convocados
Governadores
- Antônio Denarium (sem partido-RR)
- Carlos Moisés (PSL-SC) e a vice, Daniela Reinehr (sem partido)
- Helder Barbalho (MDB-PA)
- Ibaneis Rocha (MDB-DF)
- Marcos Rocha (PSL-RO)
- Mauro Carlesse (PSL-TO)
- Waldez Góes (PDT-AP)
- Wellington Dias (PT-PI)
- Wilson Lima (PSC- AM)
Outros
- Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência;
- Carlos Alberto Wizard, empresário;
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde (reconvocado);
- Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República;
- Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid;
- Marcos Eraldo Arnoud, o Marquinhos Show, ex-assessor e marqueteiro da gestão Pazuelllo;
- Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde (reconvocado);
- Paulo Baraúna, representante da White Martins no Brasil;
- Wilson Witzel (PSL), ex-governador do Rio.