Em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (imagem), apareceu pela primeira vez na sede da entidade como mandatário. A fim de arrumar a imagem pública ruída pela retirada das tropas americanas de Cabul, no Afeganistão, o que garantiu a retomada do território pelo Talibã, ele disse, sem citar o episódio, “a dolorida ferroada do terrorismo é real”.
Fora das questões ligadas ao Oriente Médio, o democrata tentou mostrar que os EUA querem se sentar à mesa novamente nos fóruns internacionais e citou a Organização Mundial da Saúde (OMS) – uma indireta para Donald Trump, que em 2020 disse que deixaria a entidade por discordâncias sobre a China. Para o atual presidente americano, combater o coronavírus e suas variantes é essencial. “Bombas e balas não servirão para defender o mundo da covid-19 e de suas variantes”, defendendo maior acesso aos imunizantes aos países pobres.
Para Biden, o mundo está em um ponto de inflexão nas questões sanitárias e climáticas, por isso, defendeu que os países levem propostas concretas à COP26, em novembro. De acordo com ele, EUA trabalharão para mobilizar US$ 100 bilhões para apoiar ações voltadas ao clima em países subdesenvolvidos.
Sem mencionar a China, o presidente americano afirmou que sairá em defesa de seus aliados para garantir soberanias territoriais e evitar conflitos. O democrata deixou claro que Washington não busca uma nova Guerra Fria, termo constantemente associado à competição nos campos político e econômico entre os EUA e a China.