Ex-presidente do Novo prega o liberalismo desde as eleições de 2018, além de ser crítico dos governos petistas – mas preferiu Lula
Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula.
— Eduardo Ribeiro (@eduardorodrigo) October 15, 2022
O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu.
Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João.
O ex-presidente do partido Novo, João Amoêdo, declarou neste sábado (15) que seu voto será em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Ele foi um crítico constante dos governos petistas e disputou as eleições de 2018 apoiado no discurso do liberalismo econômico. Ficou em 5º lugar, com 2,6 milhões de votos no primeiro turno.
Em sua defesa, o empresário alegou se tratar de uma decisão difícil, masque prefere o petista em nome da democracia, mesmo não concordando com nenhum dos candidatos. “A qualquer um que seja eleito, serei oposição desde o primeiro dia, mas meu direito de oposição tem mais chance de ser preservado com Lula do que Bolsonaro”, disse. “Bolsonaro tem atentado contra os poderes, cooptou o Legislativo com o Orçamento Secreto e vem testando essa ideia de aumentar os membros do Supremo para formar maioria. Apesar das discordâncias, serei obrigado a fazer algo que nunca fiz na vida, que é votar no PT”, complementou.
A direção do Novo não formalizou apoio a Bolsonaro, mas divulgou, em 3 de outubro, que é contra o PT e o lulismo, liberando seus filiados e eleitores a votar no segundo turno de acordo com a consciência e princípios partidários. O atual presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, chamou a decisão de Amoêdo de vergonhosa.
É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história.
— NOVO 30 (@partidonovo30) October 15, 2022
Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos.
Ainda neste ano, Amoêdo tentou disputar a Presidência, mas foi preterido por Luiz Felipe D’Ávila. O candidato foi anunciado em convenção nacional que ficou marcada pela divisão entre os favoráveis e os contrários ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Minas Gerais, o governador eleito em primeiro turno, Romeu Zema, disse que herdou uma tragédia do governo petista de Fernando Pimentel, o que foi um dos motivos que o levou à Brasília para declarar apoio ao candidato do PL.